Opinião: Não se sabe o que aconteceu com nosso país. Parece um triste destino.
Culpa de Lula? Talvez. De Dilma? Bastante, faz o que quer, sem ouvir quem entende.
Na verdade, o Brasil atravessa uma séria crise de valores políticos, morais e institucionais. Muitos quiseram aproveitar-se da nossa subida, e cometeram crimes que empobreceram a nação. É difícil dar nomes, eles são muitos.
Passamos por crises semelhantes, como por exemplo, na era Vargas, um patriota, mas acompanhado de militares interesseiros.
A segunda fase negra foi a de Collor, um irresponsável que foi levado, pelo voto, à presidência da República. Não se deu conta que o país estava muito superior a ele e acabou cometendo erros em cima de erro. O cruzeiro, moeda da época, sofria desgaste. A inflação sem medidas dizimava a economia brasileira. Houve o tenebroso 'confisco temporário da poupança', que levou muitos brasileiros necessitados à desgraça. Zélia Cardoso, então ministra da Fazenda, foi obrigada a viver nos Estados Unidos, New York, por sofrer risco de vida. Seu comportamento levou muitos brasileiros ao desespero, por impossibilidade de agirem livremente com os bens que dispunham. A economia entrou em forte decadência e foi o principal fato que levou o governo Collor à garra.
Não pretendo fazer análise dos governos Lula e Dilma. Ainda não há provas, mas tão somente indícios fortes. Quero apenas dizer que num pais onde a Polícia Federal, com mandado da justiça, investiga as casas, no Rio e em Brasília, do presidente da Câmara dos Deputados, é vergonha para qualquer cidadão. O presidente do Senado, Renan Calheiros, já pediu para deixar o cargo, há anos, para não perder o mandato. Agora, como Eduardo Cunha, está sendo investigado pelo Departamento de Polícia Federal.
Não há como, diante tantas desgraças políticas, o Brasil continuar sua marcha, sem antes resolver todos estes problemas. Enquanto isso, inflação, desemprego e falta de produtividade marcham em passo firme.
Ninguém sabe a solução, não há líderes do povo, e o país sofre retrocesso. Que coisa mais triste!
Jorge Cortás Sader Filho é escritor