Milhares de trabalhadoras e trabalhadores marcharam pelas ruas de Maputo nesta sexta-feira, 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora.
O principal local das comemorações do 1º de Maio foi a Praça dos Trabalhadores, no centro da capital moçambicana. Lá, cânticos e palavras de ordem foram entoados, exigindo aumento salarial e melhoria nas condições de trabalho do povo.
Devido às contantes tensões político-militares no país, a Organização dos Trabalhadores de Moçambique - Central Sindical (OTM-CS) também chamou a atenção para a luta pela paz . "A escolha deste lema insere-se no comprometimento que o movimento sindical tem de contribuir para a preservação e consolidação da paz, condição fundamental para o alcance do desenvolvimento económico e social que todos nós", afirmaram seus representantes.
Também a luta contra o trabalho precário e o desemprego estiveram na ordem do dia. Lembrou-se da entrada em vigor, no último dia 1º de abril, do aumento do salário mínimo graças à luta da classe trabalhadora, porém com difíceis negociações com os patrões.
"Temos dito sempre e continuamos a dizer que os resultados alcançados nas negociações havidas foram os possíveis e não os desejáveis", afirmam os dirigentes da OTM-CS. "Os salários mínimos aprovados são aqueles sobre os quais nenhuma empresa deve pagar abaixo deles. Neste contexto, apelamos aos comitês sindicais para negociarem com as entidades empregadores níveis salariais superiores a estes mínimos e tendo em conta o desempenho econômico de cada empresa", exorta ainda a central, citada pela agência Sapo.
Neste dia da Classe Trabalhadora, também foram realizados desfiles com carros alegóricos, palestras nas empresas sobre o significado da data, feitos e desafios do movimento sindical nacional, intervenções de líderes sindicais, e outras manifestações culturais dos trabalhadores e trabalhadoras.
Diário Liberdade
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