Campanha Internacional de Libertação dos Presos Políticos Saharauis
A 1 de Janeiro, a ONG britânica Adala iniciou uma campanha de envio de e-mails, exigindo a libertação de todos os presos políticos saharauis, em vários idiomas
http://adalauk.org/urgent/
A carta é dirigida ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon-ki Moon, com cópia para os membros do Conselho de Segurança. Adala, apela a todas as associações nacionais e internacionais e todos aqueles que estejam solidários com o povo saharaui que se juntam a esta campanha e enviem a carta para os e-mails especificados. A campanha decorre até Abril deste Ano, mês em que se realizará a reunião do Conselho de Segurança debatendo a questão do Sahara Ocidental.
Os presos políticos saharauis estão ilegalmente detidos, com processos judiciais que não cumprem os requisitos mínimos de legalidade, extraterritoriais e cujas sentenças e condenações se apoiam somente em confissões falsas obtidas sob tortura. As provas de inocência nunca são admitidas pelos juízes. Os presos políticos saharauis são activistas de direitos humanos, estudantes e jornalistas que exigem a realização do referendo pela autodeterminação adiado desde 1991. Os presos políticos saharauis, assim como a restante população dos territórios ocupados do Sahara Ocidental, têm vindo a desenvolver uma intifada pacífica, de resistência pacífica, manifestações, sittings e actividades de denuncia das graves violações cometidas pelo ocupante ilegal, o Reino de Marrocos.
Adala tem desenvolvido diversas campanhas e ações urgentes para apoiar os presos políticos e também apresentou um relatório sobre a situação dos prisioneiros o ano passado, em que denuncia como os presos políticos saharauis nas prisões marroquinas enfrentam a morte lenta a cada dia, devido à deliberada e programada negligência médica por prisão administrações. Em Setembro do ano passado Hassna El Wali, preso político saharaui, detido na prisão de Dahkça faleceu devido a negligência médica e o seu corpo enterrado sem conhecimento da familia. Os presos são expostos a um agravamento da saúde devido às más condições de detenção nas prisões marroquinas.
A maioria dos detidos em prisões marroquinas são mantidos em celas estreitas das prisões que não cumprem as normas mínimas de higiene, que são vítimas de abusos, espancamentos, tortura e estrese psicológico, o que afeta negativamente a sua saúde. Estas celas são muito superlotadas e estreitas, sem as condições mínimas de vida e saúde. Também não possuem nem ventilação adequada ou nem instalações sanitárias. A comida é escassa e sem os nutrientes essenciais, a grave escassez de materiais de limpeza contribui ainda mais para uma sujidade indiscritível que cria uma ambiente fértil para a propagação de doenças e vírus.
Londres, 8 de Janeiro de 2015
AdalaUK, Justice & Human Rights for Western Sahara
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