Na ribalta: o humor

Com o apropriado tema 'indignação', a abertura do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, neste sábado, 23, acontece em meio às celebrações do centenário da primeira película de Sir Charles Spencer Chaplin. "Making a living"; algo como 'ganhar a vida', em tradução livre para o português; recebeu no Brasil, à época, o título de "Carlitos Repórter".

Indignado observador de seu tempo, esse gigante ator inglês vestiu o seu personagem maior com calças largas e curtas, sapatos grandes, bengalas e chapéus coco; para legar ao mundo imensuráveis ensinamentos com a sua alegre e provocante maneira de se expressar. Na bela e eterna canção "Smile", Chaplin mostra-nos que sorrir era a sua arte - e que, com tudo em redor, pode ser também a de todos nós, cada qual em seu ofício, para bem da posteridade.

Os orientais apregoam que o melhor para a vida é: "comer metade, andar o dobro e rir o triplo". Seja lá como for, precisamos sim de alegrias reais e felicidades intensas. Rir ou sorrir vai muito além de uma simples contração de músculos faciais. São gestos com o poder de limpar a nossa mente de impurezas cotidianas e rotinas indesejáveis. Sorrisos e risos revelam a elegância da alma.

Penso cá que lá no céu o caricato e carismático Charles Spencer Chaplin deve estar cantarolando "Smile" e aplaudindo Piracicaba pela alegria de ser uma cidade que há 41 anos arruma um jeito de nos fazer rir.

Ademais; como dizia Chaplin: "Um dia sem risadas é um dia desperdiçado".

 

Paulo de Tarso Porrelli é jornalista e participou do júri de seleção do 41° Salão Internacional de Humor de Piracicaba.

 


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