Com 93,07% dos votos apurados, Bachelet tinha 62,3% do total neste segundo turno, superando a representante da direita Evelyn Matthei, que foi ministra do Trabalho do atual governo de Sebastián Piñera e obteve 37,7% neste domingo (15/12) até o momento.
Poucos minutos depois do resultado ser definido, o comando de campanha de Evelyn Matthei divulgou uma nota oficial em que a candidata reconhecia a derrota. "A cidadania manifestou sua escolha e decidiu pela candidatura da nossa adversária. Da nossa parte, nos resta felicitar a vencedora, desejar o melhor para ela durante a gestão e garantir àqueles que votaram pela nossa proposta, especialmente a classe média esforçada deste país, que, apesar do revés de hoje, estaremos lutando, durante os próximos quatro anos, pelas ideias que eles querem ver defendidas".
Bachelet é a primeira figura política chilena a vencer duas eleições presidenciais e, com os novos quatro anos de mandato que terá pela frente, se tornará a presidente com mais tempo no cargo desde o retorno da democracia (em 1990).
A vitória de Bachelet é marcada também por uma alta taxa de abstenção, que tem sido regra nas eleições chilenas desde a instalação do sistema de voto facultativo. Neste domingo, a evasão eleitoral registrada foi de 60%.
Outra façanha de Bachelet foi alcançar o maior percentual da história das eleições chilenas, superando os 57,98% conseguidos por Eduardo Frei Ruiz-Tagle em 1994.
Michelle Bachelet defendeu em sua campanha um audacioso programa de reformas sociais e a mudança da Constituição herdada da ditadura de Pinochet. Foi apoiada desde o primeiro turno pelo Partido Comunista.
Com Opera Mundi
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