Nas águas das Ilhas Salomão, foi encontrado um coral gigante que se tornou uma sensação para cientistas. Suas dimensões impressionam: 34 metros de largura, 32 metros de comprimento e 5,5 metros de altura. A idade desse organismo surpreendente é estimada em 300 anos, o que o torna testemunha da era napoleônica, sobrevivendo a grandes mudanças ambientais.
Essa descoberta foi possível graças à expedição Pristine Seas da National Geographic. Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo videógrafo Manu San Félix, estava à procura de um naufrágio, mas encontrou por acaso essa relíquia viva. O coral pertence à espécie Pavona clavus, que nunca havia alcançado tamanhas dimensões antes.
"Ver algo tão enorme e antigo é inspirador", comentou San Félix, destacando que o coral demonstrou uma resistência surpreendente às mudanças ambientais.
Os corais muitas vezes sofrem com mudanças na temperatura da água causadas pelas mudanças climáticas, resultando em branqueamento e morte. No entanto, este recife em águas rasas das Ilhas Salomão conseguiu manter sua integridade, mesmo enfrentando os impactos do aquecimento dos oceanos e da poluição.
O coral gigante é formado por milhões de pólipos unidos em um único organismo. Sua longevidade e dimensões destacam a importância dos recifes de corais para a biodiversidade e a proteção dos ecossistemas costeiros.
As comunidades locais das Ilhas Salomão já solicitaram ao governo medidas para aumentar a proteção das áreas marinhas. Durante a COP29, o ministro do clima, Trevor Manemahaga, afirmou que os recifes de corais são não apenas um recurso ecológico, mas também econômico para o país.
Os recifes desempenham funções vitais:
Com a destruição dos recifes devido ao desmatamento e outras práticas prejudiciais, seu futuro está sob ameaça. Cientistas e ambientalistas clamam pela implementação de práticas de gestão sustentável dos recursos naturais.
Os recifes de corais desempenham um papel essencial no suporte aos ecossistemas oceânicos e atuam como barreiras naturais contra tempestades. Essa descoberta ressalta a necessidade urgente de aumentar o financiamento e desenvolver estratégias para sua conservação.
"Ver algo tão impressionante e antigo não é apenas motivo de admiração, mas também um chamado à ação", destacou Manu San Félix. Proteger relíquias como essa é um passo essencial para garantir um futuro sustentável para o nosso planeta azul.