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Implacável perseguição política de governo de facto na Bolívia

Implacável perseguição política de governo de facto na Bolívia

Implacável perseguição política de governo de facto na Bolívia

La Paz, 21 dez (Prensa Latina) A perseguição política contra ex-integrantes do executivo de Evo Morales, pelo governo de facto instalado na Bolívia após o golpe de Estado de faz mais de um mês, continua mostrando hoje seu lado mais escuro.

Assim o confirmam relatórios de meios locais que publicaram a investigação aqui ontem na casa do ex-ministro da Presidência Juan Ramón Quintana, o que se soma à negativa das autoridades atuantes a lhe entregar um salvo-conduto para que abandone o país.

O imóvel foi requisitado no contexto da causa que tem aberta o ex-funcionário por supostos delitos de sedição, terrorismo e financiamento ao terrorismo, segundo os golpistas.

'A finalidade de uma ação investigativa destas características é poder proceder à localização e sequestro de qualquer elemento que tenha relação com o ou os tipos penais que se pesquisam nestes casos', disse durante o operativo o diretor nacional da Força Especial de Luta Contra o Crime, Iván Rojas.

Faz vários dias personalidades e organizações do mundo uniram-se em uma campanha internacional para exigir ao governo da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez que outorguem os salvo-condutos às ex-autoridades refugiadas na embaixada do México.

No grupo, há oito homens e uma mulher relacionados na lista de perseguidos políticos que o ministro de Governo, Arturo Murillo, anunciou que ia caçar, de acordo com as denúncias.

Entre eles se encontram Quintana, o ex-ministro de Governo Hugo Moldiz e Raúl García Linera, irmão do ex-vice-presidente Álvaro García Linera.

Diversos observadores opinam que a negativa do governo de facto de dar os salvo-condutos é violatória do direito internacional público e de maneira particular da Convenção de Genebra.

Como parte do ambiente repressivo que vive esta nação, se conheceu nesta sexta-feira que pessoas de civil sequestraram Marcial Escalante, vice-presidente do Movimento ao Socialismo-Instrumento Político pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP) de Yapacaní, no departamento boliviano de Santa Cruz.

Escalante recém tinha regressado de uma reunião com Evo na Argentina e se presume que essa é a razão pela que nestes momentos se acha em paradeiro desconhecido. Também Luis Hernán Soliz, ex-assistente do ex-mandatário foi preso e sua casa a revistaram sem que se encontrassem elementos que o culpassem de algum crime, advertiu de imediato seu advogado.

A violência e repressão custou a vida a mais de 30 pessoas na Bolívia, em especial desde que escalou a crise institucional e política que vive o país depois da aventura golpista de 10 de novembro.

tgj/dfm/cc

 

 

 

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Author`s name
Ksenia Semenova