Uma data... uma bandeira e... etc. e tal...

Uma data... uma bandeira e... etc. e tal...

 

Uma data qualquer? Não!... Uma Bandeira qualquer? Também não!... uns etc. e tais? ... Sim, uns quantos.

Quem não nos diz, que a nossa ausência nesta página do costume, dedicada a "opinião" semanal, (a última foi a 17 de Novembro antecedida da publicada a 13, com o título "Na "senda" de uma data, 17 de Novembro de 1975...) não trouxesse a alguns leitores, a esperança da abominação definitiva de um escrevinhador de pouca categoria que reconhecemos ser. Mas, como o universo está cheio de tantos outros de igual valia e, porque tanto faz, mais um ou menos um, cá estamos teimosamente a acreditar, que caridosamente nos aceitarão de volta.

Nem sempre as nossas realizações ou iniciativas, têm o êxito sonhado na sua preparação e execução. Nem mesmo, quando são pensadas com antecedência e partilhadas com quem julgamos comungarem dos nossos ideais e, portanto, do projecto a realizar. Quando tal sucede, até depois da sua proposta ser apreciada e apoiada com um forte gesto de adesão, é natural que o promotor do evento ou da acção, pensada e trabalhada com entusiasmo e militância no caso, se sinta desiludido e, "hiberne" durante algum tempo para "pensar e repensar" no insucesso do que em principio e no seu espirito, seria um êxito... Não é difícil ao nosso leitor inteligente e arguto, adivinhar o assunto que trata o "Uma Data... uma Bandeira e.... o etcetera e tal."

Sobre a data e o significado (para nós) do dia 17 de Novembro de 1975, já nos pronunciamos na afirmação de não ser uma data qualquer. Já o afirmamos várias vezes por escrito e verbalmente e, continuaremos a fazê-lo. Por isso não vamos alongar o presente texto, repetindo o nosso sentir, remetendo os nossos leitores se interessados, para a leitura do nosso artigo acima referenciado, "Na "senda" de uma data, 17 de Novembro de 1975..." - in Jornal AO de 13 de Nov.º p.p. e AE do próprio dia 17.

No referente à Bandeira, já nos apraz afirmar que, não é uma Bandeira qualquer. Embora seja a mesma em questão, chamada de Bandeira da FLA, não o é. A FLA, como organização ou estado de alma como alguns afirmam, não tem bandeira própria. Os independentistas esses sim, têm e veneram, a que empunham e hasteiam nas suas residências como a Bandeira dos Açores, quer AQUI-AÇORES, quer pela Diáspora afora. A bandeira que orgulhosamente chamamos dos Açores, não foi invenção dos açorianos da Ilha X ou Y ou, de qualquer país que apoiasse a nossa independência. Aparece pela primeira vez, no dia 17 de Novembro de 1975 como fruto de uma escolha feita por açorianos que defendiam um hino e uma bandeira para representação do povo açoriano. Enquanto do Hino era referência o do Espírito Santo, comum a toda a açorianidade, a Bandeira, embora baseada na da primeira autonomia, procurou-se diferenciá-la nas suas cores e, no seu conjunto representativo do Açor protector, sobraçando com as suas asas as nossas ilhas representadas por 9 estrelas comitentes com a sua posição atlântica

O hasteamento então previsto daquela bandeira que afirmamos ser a "Nossa Bandeira" na sede do governo de então, "poder" exercido pela Junta Governativa, resultante do 6 de Junho e presidida por um general português de má memória, obrigaria o poder de Lisboa a reconhece-la como símbolo vivo do Povo Açoriano. Difícil fazê-lo como planeado e de dentro para fora, acabou a mesma por ser hasteada por um corajoso jovem que, subindo a fachada do palácio a içou numa das suas varandas. O "Povo" exultou e, expectante, aguardava a declaração unilateral da Independência dos Açores por "alguém" que incumbido de tal acabou por não o fazer. Razões? A História um dia o dirá. "Independência" ouvia-se em uníssono. "Outro", apareceu e, respondendo à insistência da multidão acabou por beijar a "Nossa Bandeira". Nem tudo estava perdido, a luta continuaria e, continua pelo menos na coerência dos que alguns chamam de "Os Resistentes"

 

 

 

Dos "uns etc. e tais" todos nós sabemos que tal expressão se emprega com o sentido de "e outros", "e assim por diante", "e o resto", ou seja, para indicar que outras coisas não mencionadas devem ser subentendidas.

E porque, muito naturalmente, os nossos habituais leitores que nos acompanharam no esforço da realização do evento programado, como o "Dia da Nossa Bandeira", anunciado não a título de anúncio comercial, mas por artigos de Opinião em órgãos de comunicação social já aqui referidos, nas redes sociais como o Facebook, o Twitter e outros, subtenderão o uso da "fórmula mágica" que se transforma neste caso, o termo "uns eteceteras....e tais".

Esta nossa Redacção vem como:

     "Uma Recordação...para memória futura e, para que não se perca nas brumas do tempo"

  

José Ventura

RG, 2019-12-05

O autor rejeita por opção o acordo ortográfico

Foto: Por O autor não foi fornecido de forma legível por computadores. Presume-se que seja Richard W.M. Jones~commonswiki (com base nos direitos de autor reivindicados). - A fonte não foi fornecida de forma legível por computadores. Presume-se que seja obra própria (com base nos direitos de autor reivindicados)., Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1006310

 


Author`s name
Pravda.Ru Jornal