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Mário Nogueira acusa Governo de «estoirar» com os professores

Mário Nogueira acusa Governo de «estoirar» com os professores

Mário Nogueira acusa Governo de «estoirar» com os professore

No dia em que os professores regressam à greve ao trabalho extraordinário, o secretário-geral da Fenprof acusa a tutela de «estoirar» com o corpo docente devido à sobrecarga de trabalho além das 35 horas. 

«Este pré-aviso de greve destina-se a garantir que o horário semanal dos docentes seja efectivamente de 35 horas e não mais», disse Mário Nogueira, em conferência de imprensa, para apresentar a greve ao trabalho extraordinário a partir de hoje.

«O corpo docente está envelhecido, desgastado, com muitos profissionais em situação de stress e de burnout [exaustão profissional], e o que estão a fazer aos professores é para acabar de vez com o corpo docente», criticou o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof/CGTP-IN).

POR UM HORÁRIO DE 35 HORAS

O pré-aviso de greve, que entra hoje em vigor, foi entregue ao Ministério da Educação, na passada segunda-feira, por dez estruturas sindicais. 

A greve incide sobre reuniões de avaliação, reuniões de preparação e coordenação de trabalho lectivo, secretariado de provas de aferição e exames, acções de formação, coadjuvação de aulas ou apoio a alunos, entre outras actividades, sempre que estas sejam marcadas fora do horário de 35 horas.

Segundo Mário Nogueira, o excesso de trabalho tem-se agravado. Pelas suas contas, nos últimos «dez a 12 anos» registou-se uma redução do número de professores superior a 30%, enquanto o decréscimo no número de alunos foi na ordem dos 12 a 15%.

«Diria que, nesta altura, no conjunto das escolas do País e do continente talvez faltem, eventualmente, 15 mil professores, para que as escolas tivessem capacidade de responder», estimou.

O dirigente acusa a tutela de, nos últimos anos, «tomar medidas deliberadas para reduzir o número de professores», sublinhando que os docentes ao serviço, «muitos deles com sessenta e muitos anos», actualmente «têm um horário que é agravado».

 

Professores em greve para além das 35 horas

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Os sindicatos defendem que a construção dos horários dos professores é ilegal, pelo facto de impor um acréscimo de cerca de 30% às 35 horas semanais aplicáveis à generalidade da Administração Pública e também especificamente aos professores, conforme estabelece o Estatuto da Carreira Docente.

A greve dos professores ao trabalho extraordinário regressa hoje às escolas, sem data para terminar e com a possibilidade de comprometer as avaliações intercalares dos alunos, alertam os sindicatos que pedem o cumprimento do horário de 35 horas semanais.

Aos jornalistas, o líder da Fenprof disse que se o ministro da Educação do novo Governo for o mesmo [Tiago Brandão Rodrigues], a greve «vai manter-se até ao final do ano».

Com agência Lusa

TÓPICO

https://www.abrilabril.pt/trabalho/mario-nogueira-acusa-governo-de-estoirar-com-os-professores

 

 

 

 

Foto: CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=807340

 


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Pravda.Ru Jornal