Centenas de famílias deslocadas regressam a al-Qusair, na Síria
Localizada na província de Homs, perto da fronteira com o Líbano, a cidade foi libertada em 2013 pelo Exército sírio e o Hezbollah. Estão agora criadas as condições para o regresso dos habitantes.
«Num só dia, 435 famílias voltaram para as suas casas [em al-Qusair], depois de sete anos de afastamento forçado, como consequência do terrorismo», declarou este domingo à imprensa o governador da província de Homs, Talal al-Barazi, citado pela Prensa Latina.
Acrescentou que as autoridades provinciais, em coordenação com o Município de al-Qusair, trabalharam durante três anos para pôr a funcionar novamente serviços básicos como a água e a electricidade, além de infra-estruturas ligadas à Saúde e à Educação, de modo a garantir todas as condições de vida necessárias aos civis regressados.
O director da companhia de electricidade de Homs, Musleh al-Hassan, disse à SANA que tinha sido concluído 35% do trabalho de reabilitação da rede eléctrica na cidade.
Por seu lado, o responsável do serviço de abastecimento de água da província de Homs, Hasan Hmeidan, disse que a água não foi cortada desde a libertação de al-Qusair, em 2013, e que estão a decorrer os trabalhos de recuperação em todo o sistema, de modo a garantir que todos os deslocados entretanto regressados têm água corrente.
Jovens sírios recuperam zonas afectadas pelo terrorismo
Centenas de jovens voluntários sírios deram início em Damasco, na passada sexta-feira, à segunda edição de uma campanha nacional que visa contribuir para as obras de recuperação em zonas afectadas por acções terroristas.
Omar al-Aroub, membro da direcção da União Nacional de Estudantes Sírios, disse à SANA que, este ano, a campanha dá sequência ao trabalho realizado em 2018 nas cidades de Ghouta Oriental, Ghouta Ocidental, Zabadani, Bloudan, Zona Histórica de Alepo e Cidadela de Alepo.
Este ano, a campanha visa ajudar as comunidades locais a recuperar áreas danificadas pelo terrorismo em Damasco e nas províncias da Zona Rural de Damasco, Alepo, Homs e Hama.
A iniciativa conta com o apoio de diversas organizações, como a União da Juventude Revolucionária, o Fundo Sírio para o Desenvolvimento, o Departamento de Relações Ecuménicas, a Comissão Patriarcal de Santo Efraim para o Desenvolvimento e a fundação «Marca» dos Jovens Sírios.
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