Guerra sul-sudanesa custou quase 390 mil vidas, revela estudo
Juba, 13 nov (Prensa Latina) Além dos sofrimentos, a devastação e as deslocações forçadas, o conflito civil em Sudão do Sul custou a vida a 382.900 pessoas, revela um estudo conhecido hoje.
A pesquisa, realizada por uma organização internacional, cifra o número de vítimas acima das registradas na guerra na Síria e sua circulação coincide com o comunicado de um painel da ONU sobre violações do embargo de armas a este país, imposto pelo Conselho de Segurança da instituições em julho passado.
Em Sudão do Sul existem níveis alarmantes de violência sexual, fome e violações dos direitos humanos, diz o comunicado do grupo de experientes da ONU os quais investigam também a presença de elementos de assinaturas privadas que treinam à Polícia e o Exército.
As chamadas empresas de segurança privada são companhias que contratam a ex-membros das forças especiais em particular dos Estados Unidos e Grã-Bretanha os quais atuam como mercenários em países nos quais seus governos têm interesses e eludem se envolver de maneira direta.
O caso mais notório de ação destes alegados contratadores é o da empresa Blackwater, acusada de matanças coletivas no Iraque no início deste século.
Assim o informe dos especialistas menciona 'o transporte de armas para o Sudão do Sul' e destaca que o governo deste país deslocou tropas para custodiar os campos de petróleo no estado de Unity enquanto soldados ugandeses fazem o mesmo nos de Equatória Oriental e Equatória Central.
Em setembro passado o presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e sua ex-vice-presidente primeiro Riek Machar, assinaram um acordo de paz o qual estabelece a incorporação ao governo de quatro vice-presidentes e a reintegração do segundo a seu cargo com a missão de organização eleições gerais no prazo de oito meses.
A conflagração sul-sudanesa começou em 2013 quando o presidente, da etnia minoritária dinka, acusou Machar, da majoritária nuer, de organizar um complô para assassiná-lo e usurpar o poder.
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