Grupos de camponeses de várias regiões do país e membros de organizações políticas e sociais se uniram nesta segunda-feira diante do Palácio da Justiça onde começaram seu protesto, prolongado em uma marcha até a sede do Congresso Nacional.
A primeira reunião na frente do Poder Judicial se deveu a sua exigência de libertação para os agricultores condenados pelos incidentes de Curuguaty em 2012, quando 11 deles e seis agentes morreram durante uma repressão policial.
Mas a principal reivindicação foi referente à renúncia de Cartes, acusado de 'abandono, injustiça, falta de saúde, precariedade na educação, falta de trabalho, de terra', como disse Teodolina Villaba, dirigente da Federação Nacional Camponesa.
Segundo Villalba, o presidente é o responsável principal de uma série de irregularidades e da péssima administração de todo o país.
Uma das denúncias contra ele esteve relacionada com a opinião dos manifestantes de que se encontram em total falta de defesa porque nenhum dos três poderes do Estado os representa.
Para Elmo Rodríguez, coordenador do Congresso Democrático do Povo, uma das organizações que convocaram a marcha, Cartes está reprovado como presidente da República, pois 'o país segue na miséria e na falta de emprego'.
Em uma dura crítica ao presidente, Rodríguez afirmou que só governa para os ricos e não para os pobres.
Lamentou que só se pense no Paraguai quando se necessitam de conjunturas políticas perto das eleições, e criticou os partidos tradicionais Colorado (no poder) e o Liberal.
Na ocasião do fim do triênio do mandato do 49º Chefe de Estado do Paraguai, meios de comunicação não alinhados com o oficialismo aumentam as críticas a sua gestão.
A ABC Color recorda como em sua posse, no dia 15 de agosto de 2013, Cartes assegurou estar consciente não somente da alta responsabilidade que assumia, mas também da expectativa e esperança gerada por sua chegada à Presidência.
Se refere ao empresário e dirigente esportivo que teve uma ascensão meteórica na política, pois não se filiou até 2011 ao Partido Colorado, suporte de sua candidatura presidencial, e votou pela primeira na sua vida nas eleições de abril de 2013.
Neste terceiro aniversário, as críticas não faltam a oposição e inclusive até os setores internos de seu partido, assinala o diário.
Ainda - acrescenta - 'as tramoias tão pouco estão ausentes entre seus seguidores, alguns dos quais tem posto em marcha um projeto que busca a reeleição presidencial'.
Inclusive o periódico em suas páginas mostrou opiniões adversas ao governante de várias personalidades da vida nacional, todas as quais concluem que nestes três anos de governo são muitos os problemas pendentes para resolver.
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