Delphim Miranda traz os seus 40 duendes ao Teatro da Cerca de São Bernardo no próximo sábado para uma exposição interactiva, dirigida às crianças da cidade. Entretanto, A Escola da Noite encerra a digressão ibérica de "A Canoa", com uma sessão em Cáceres, no espaço da companhia Karlik Danza Teatro.
O artista plástico Delphim Miranda regressa esta semana ao Teatro da Cerca de São Bernardo, com uma iniciativa peculiar, no âmbito dos Sábados para a Infância. "Ali há quarenta duendes" é uma mostra interactiva de duendes articulados (marionetas) construídos pelo próprio, que promete encantar miúdos e graúdos. Os bonecos "invadirão" o bar do TCSB no sábado de manhã e contarão histórias, pela voz do próprio Delphim e, sobretudo, através das crianças, que serão convidadas a escolher os duendes que melhor lhes servirem para inventar e contar aos outros as suas próprias histórias. O limite é a imaginação dos miúdos! A sessão está marcada para 18 de Junho, pelas 11h00, e é recomendada para maiores de 6 anos. Os bilhetes, que podem ser reservados pelos contactos habituais, custam 3 Euros (individual) e 5 Euros (adulto+criança).
Delphim Miranda
Delphim Miranda nasceu em Lisboa em 1947. Frequentou o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e lecciona desde 1971 as disciplinas de Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica no ensino oficial. É formador nas áreas de Expressão Plástica, certificado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.
Depois de ter experimentado diversas formas de comunicação, tais como o Cartoon, a Banda Desenhada, o Cinema de Animação, a Pintura, a Ilustração, a Performance/intervenção, fixa-se no Teatro, trabalhando nas áreas da Cenografia, Figurinos, Adereços, como Actor e como Autor.
Descobrindo no Ensino as Marionetas como unidade de trabalho capaz de envolver os alunos em todas as áreas expressivas, especializa-se nesta Arte, tornando-se profissional. Monta então os seus primeiros espectáculos, em que contracena com as suas Marionetas, contando histórias de sua autoria.
Tem percorrido o país de lés a lés como contador de histórias com marionetas, participando também em festivais de Teatro, nacionais e internacionais. Integrou o Programa de Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian apresentando os seus espectáculos e ministrando formação a professores e animadores nas áreas expressivas. Durante a Expo 98 integrou o elenco do espectáculo diário "Peregrinação", conduzindo um dos Peregrináveis.
No TCSB, apresentou já os espectáculos "Caixas com histórias por dentro" (Fevereiro de 2015) e "Queres que te conte outra vez?" (Março de 2014), construiu e exibiu a exposição "Más caras e outras carantonhas" (Janeiro a Fevereiro de 2015) e dirigiu as oficinas "Pássaros, passarôcos e outros pardalôcos" (Fevereiro de 2015), "Más caras e outras carantonhas - os zarapelhos" (Fevereiro de 2015) e "Como quem costura um conto" (Março de 2014).
"A Canoa" em Cáceres
Ainda esta semana, e em vésperas de iniciar a preparação do seu próximo trabalho, A Escola da Noite encerra a digressão ibérica de "A Canoa", de Cándido Pazó. Nove meses depois da estreia, em Coimbra, e depois de ter passado por Miranda do Corvo, Santiago de Compostela, Évora, Mortágua, Braga, Saragoça e Figueira da Foz, o espectáculo é apresentado no domingo, 19 de Junho, em Casar de Cáceres (Espanha), no espaço La Nave del Duende, casa da companhia Karlik Danza Teatro.
A iniciativa integra o Circuito Ibérico de Artes Cénicas, do qual A Escola da Noite é co-fundadora, com mais cinco companhias portuguesas, e implica o intercâmbio com o grupo espanhol, que virá ao TCSB no próximo mês de Setembro, com um espectáculo de dança para a infância.
Escrita a partir de uma história meio absurda - o desconforto de um homem com o facto de o vizinho guardar uma canoa no seu lugar de garagem -, "A Canoa" chama a atenção para o problema da violência doméstica e para a forma como ele se relaciona com os quadros de valores em que nos movemos. Desde a sua estreia em Coimbra, o espectáculo conta com mais de 30 apresentações, tendo sido visto até ao momento por cerca de 2.500 pessoas. A montagem foi dirigida pelo próprio autor e conta no seu elenco com as interpretações de Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Sofia Lobo.
COIMBRA, TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
Programação de 13 a 19 de Junho de 2016