Aleksêi Mikhailov, Izvéstia
Até agora, somente a Alemanha desenvolveu unidades convencionais com este tipo de propulsão.
Até o final deste ano, a Marinha russa planeja submeter a testes o submarino B-90 Sarov, equipado com um propulsor experimental a hidrogênio.
Uma fonte do ministério da Defesa disse ao jornal Izvéstia que os propulsores a hidrogênio serão instalados nos submarinos do projeto 677 Lada e na sua versão de exportação, o Amur-1500.
"Os trabalhos de construção de uma unidade de propulsão independente do ar atmosférico começaram no ano passado. Propulsores semelhantes já estão instalados em submarinos alemães do tipo U-212 e na sua versão de exportação U-214. A ideia é que o motor elétrico do submarino seja alimentado por elementos combustíveis à base de hidrogênio e não por baterias", disse um representante da Marinha que participa do projeto.
Submarinos convencionais
Todos os submarinos convencionais, inclusive os do projeto Varchavianka, utilizavam baterias recarregadas por um motor a diesel.
Para recarregá-las, o submarino precisava emergir para ligar o motor, que necessitava de ar atmosférico, tornando-se vulnerável ao inimigo.
O Sarov equipado com um propulsor a hidrogênio tem uma autonomia de imersão comparável à de um submarino nuclear.
"Os submarinos convencionais equipados com motores elétricos são praticamente imperceptíveis, ao contrário dos submarinos nucleares, que com o ruído produzido pelas bombas do sistema de refrigeração do reator tornam-se audíveis. Além disso, os submarinos nucleares são muito difíceis de operar e de fazer reparos", disse a fonte.
Segundo o contra-almirante aposentado Vladímir Zakhárov, uma unidade de propulsão independente do ar atmosférico é um passo significativo no desenvolvimento da frota russa.
Além de aumentar a autonomia em imersão e tornar os submarinos mais silenciosos, os novos motores proporcionarão melhor capacidade de combate.
"Até o momento, só os alemães conseguiram construir um propulsor a hidrogênio. Seremos os segundos, o que vai nos garantir sucesso comercial", completa Zakhárov.
Fonte: Gazeta Russa
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