A administração da região de Kherson da Ucrânia pretende apelar ao Presidente Vladimir Putin com um pedido para incorporar a região na Rússia, a TASS informa com referência ao chefe adjunto da administração.
"A cidade de Kherson é a Rússia, nenhuma KhPR (Kherson People's Republic - ed.) será criada no território da região de Kherson, nem haverá qualquer referendo. Este será um único decreto baseado no apelo da liderança da região de Kherson ao Presidente da Federação Russa. Será apresentado um pedido para tornar a região de Kherson uma região de pleno direito da Federação Russa", disse Kirill Stremousov, presidente da administração militar-civil da região.
Foi noticiado anteriormente que a região de Kherson da Ucrânia pretendia integrar-se à Rússia. Kirill Stremousov disse que as autoridades da região não planejaram um referendo com o objetivo de criar uma república separada.
De acordo com Stremousov, os residentes locais poderão obter passaportes russos e oportunidades para assistência e segurança social estáveis.
Em abril, as Forças Armadas russas formaram administrações civis e militares nas cidades controladas pela Rússia da região de Kherson, na Ucrânia.
Quase todo o território da região permanece sob o controle do exército russo, disse Stremousov. Os residentes locais começam a voltar à vida cotidiana normal: as empresas reabriram, a campanha de semeadura começou, a distribuição de ajuda humanitária continua.
"Os ânimos de pânico se foram". A situação na região está se estabilizando. (...) Tendo deixado a histeria e o pânico para trás, as pessoas começam a se perguntar o que vai acontecer a seguir", disse Stremousov.
Em meados de março, o Ministério da Defesa russo informou que as Forças Armadas russas estabeleceram controle total sobre Kherson. Segundo o Coronel General Mikhail Mizintsev, a população recebe assistência humanitária e itens essenciais.
Mais tarde, as autoridades ucranianas anunciaram que a região de Kherson iria realizar um referendo sobre a secessão da Ucrânia. Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia negou a existência de tais planos.