China reforça regras sobre experimentos genéticos em humanos
Beijing, 11 jun (Prensa Latina) A Chinesa fortalece hoje seu regulamento sobre experiências científicas com recursos genéticos humanos, com a publicação de um novo documento reitor sobre a gestão e supervisão dessa atividade no país.
O Conselho de Estado do gigante asiático emitiu um decreto que pretende melhorar a proteção dos recursos genéticos humanos, reforçar a regulamentação e promover seu uso adequado em pesquisas para melhorar a vida das pessoas.
A medida, opinam alguns especialistas, busca eliminar toda possibilidade de que no país se repitam casos como o do cientista He Jiankui, quem violou as leis, evadiu a supervisão, usou documentos falsos e recrutou voluntários ilegalmente para realizar um experimento polêmico pelo qual nasceram duas bebês geneticamente modificadas.
O novo documento entrará em vigor no dia 1 de julho e castigará entidades ou pessoas que manejarem ilegalmente esses recursos com multas de até 10 milhões de yuanes (quase dois milhões de dólares).
Composta por seis seções e 47 artigos, com regras e sanções detalhadas, a disposição reforça o controle do país sobre o setor e proíbe todas as vendas de material genético humano da China, ainda que seu uso seja permitido na pesquisa científica e outras aplicações apropriadas.
Segundo o texto, as organizações estrangeiras e instituições nacionais fundadas ou controladas por entidades estrangeiras terão que trabalhar com sócios chineses se precisarem trabalhar com DNA humano dentro do território nacional.
Essas investigações, detalha o regulamento, não podem ser uma ameaça para a saúde pública, a segurança nacional e o interesse público da China.
Os infratores podem enfrentar multas de milhão a 10 milhões de yuanes (entre 150 mil e dois milhões de dólares) e serão vetados permanentemente do manejo de materiais genéticos humanos da China.
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