Médico do Bairro, uma iniciativa pela saúde preventiva do Equador
Quito, (Prensa Latina) Garantir bom estado de saúde e prevenir doenças são parte das prioridades do governo nacional do Equador, onde hoje começa oficialmente o programa Médico do Bairro, para levar a atenção às comunidades.
A iniciativa, que põe a mira sobre os setores vulneráveis da população, inclui o trabalho nas casas de médicos que atenderão grupos vulneráveis como grávidas, menores com transtornos de nutrição, pessoas com deficiência, adultos idosos, pacientes com doenças crônicas e afetados com o Vírus de Inmonudeficiência Humana (HIV).
Para concretizar esse objetivo, o Ministério de Saúde contará com equipes integradas por um médico, uma enfermeira e um técnico de atenção primária, que identificarão, sobre o terreno, e farão o acompanhamento daqueles que quiserem.
Uma vez indicado o tratamento, as pessoas o continuarão em suas casas e poderão contar com o respectivo monitoramento no centro de saúde e no hospital, segundo suas necessidades.
Santa Elena, onde existe o maior índice de subnutrição infantil e de infectados com HIV, segundo os registros, é a província escolhida para a implementação do programa, que se ampliará de maneira paulatina ao território nacional.
O Médico do Bairro também deverá detectar e agir, junto a autoridades locais e à comunidade, no combate a problemas das comunidades que possam resultar determinantes na saúde, como falta de acesso a água potável, carência de rede de esgoto e espaços de lazer, o que ajudará na prevenção.
A estratégia inclui trabalhos de promoção de hábitos saudáveis, ao mesmo tempo em que promove o funcionamento dos comitês de saúde do bairro como ferramenta de participação social.
Dessa aposta pela vida, participarão um total de 7.235 médicos gerais, 6.840 enfermeiras e 1.520 técnicos, todos pertencentes ao primeiro nível de atenção, ou seja, nos centros de saúde.
Três cantones (subdivisão municipal) serão os primeiros em receber os benefícios do programa, Santa Elena, Alausí e Guaranda, onde os especialistas já identificaram 1.258 pessoas que precisam de atenção e acompanhamento entre menores de dois anos com subnutrição aguda, pessoas com decifiência, problemas genéticos, grávidas de alto risco e doentes crônicos descompensados.
A largada estará coberta por 164 médicos gerais, 147 enfermeiras, 56 técnicos e 21 médicos familiares.
Estudos do Ministério de Saúde indicam que a cifra de beneficiados em todo o território nacional poderia chegar a 234.878.
O Ministério certificará as localidades que cumprirem todas as normas com o reconhecimento de 'Municípios Saudáveis'.
A aposta do governo nacional é por renovar a figura do médico de cabeceira, que além de ser alguém próximo às famílias, se converte com frequência em líder da comunidade.
Assim mesmo, ao aproimxar a atenção médica à localidade, os centros de saúde e hospitais ficam descongestionados e as pessoas têm maior acesso aos serviços.
Prevenção e menos práticas de tipo curativa é um dos emblemas do Médico do Bairro, que faz parte do Plano Toda uma Vida, bandeira do governo nacional, liderado pelo presidente da república, Lenín Moreno.
Iniciativas parecidas já foram bem sucedidas em outros países latino-americanos, entre eles Cuba, onde há 35 anos funciona o Médico da Família, que garante atenção próxima à população e acompanhamento especial a gestantes, recém nascidos, idosos e pacientes de doenças crônicas.
Barrio Adentro (Favela Adentro), na Venezuela e o Mais Médicos, no Brasil, são outras experiências com resultados positivos e uma característica comum, a presença de especialistas cubanos na implementação desses programas.
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