A Odisseia para miúdos nos "Sábados para a infância no TCSB", com Leonor Barata
A bailarina e coreógrafa Leonor Barata apresenta no Teatro da Cerca de São Bernardo, na manhã do próximo sábado, o espectáculo-oficina "Ler a Odisseia para chegar a Ítaca". Destinada a famílias e crianças (com 6 ou mais anos), a proposta consiste numa revisitação do clássico de Homero, feita em conjunto com os mais novos, a partir da palavra e do corpo. A semana que agora começa no TCSB inclui ainda o terceiro filme do ciclo de cinema comentado "Olhares sobre a adolescência" e o espectáculo de dança inclusiva "UNIDÁ".
Integrado na programação dos "Sábados para a infância", o novo espectáculo-oficina de Leonor Barata parte da leitura de duas adaptações do clássico de Homero: "Ulisses", de Maria Alberta Menéres, e "A Odisseia de Homero adaptada para jovens", por Frederico Lourenço. Com as crianças, Leonor vai lendo parte da "aventura" e envolvendo o público mais novo na busca pelas melhores formas de contar uma história que faz parte do nosso imaginário colectivo. As palavras e o movimento dos corpos são as ferramentas para descobrir ou redescobrir a maravilhosa história de Ulisses, Penélope, Telémaco e, claro, da bela Helena. A sessão começa às 11h00, tem a duração aproximada de uma hora e os bilhetes (que podem ser reservados pelos contactos habituais do Teatro) custam 2,5 Euros (crianças) e 5 Euros (adultos).
Cinema comentado: "Eu não sou a tua princesa"
Para a terceira sessão do ciclo de cinema comentado "Olhares sobre a adolescência", a associação "A Cores" programou o filme "Eu não sou a tua princesa", de Eva Ionesco, com Isabelle Huppert e Anamaria Vartolomei. Realizado em 2011, o filme passa-se em Paris, nos anos 70, e conta a história de Hannah, uma fotógrafa que resolve usar a sua filha Violetta como modelo fotográfico, num contexto de sensualidade, provocação e erotismo. Inicialmente, Violetta deixa-se seduzir pelas fantasias e pelo glamour da fotografia, mas a situação torna-se mais incómoda à medida que os trabalhos exigem uma exposição mais aberta do corpo e o contacto físico com rapazes. Levantando questões como a distinção dos papéis de mãe e filha e as fronteiras entre o amor e a dependência no seio de uma relação familiar, o filme será comentado no TCSB por Paula Carriço (psiquiatra e membro da Sociedade Portuguesa de Psicodrama) e Deolindo Pessoa (médico e animador teatral). O filme passa na quarta-feira, 11 de Novembro, pelas 21h30. Como nas restantes sessões do ciclo, os bilhetes têm o preço único de 3 Euros e podem ser reservados por telefone ou e-mail.
UNIDÁ
Na quinta-feira, 12 de Novembro, também às 21h30, estreia o espectáculo de dança inclusiva "UNIDÁ", apresentado pela companhia Flic-Flac com a participação de 15 jovens do Centro de Actividades Ocupacionais da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Coimbra (APPACDM). A coreógrafa do espectáculo, Ana Figueiredo, explica que "UNIDÁ é o nome de um Ser que nasce por colaboração de seres mais pequenos, com corpos e personalidades diferentes mas que, no conjunto, fazem florescer a vida nesse Ser mais complexo.
Ao longo do espectáculo, os pequenos seres vão se apresentando com as suas diferenças, individualmente ou em pequenos grupos, até perceberem que, todos juntos, conseguem dar vida a UNIDÁ, para que ele possa respirar, andar, dançar...". A Companhia Flic Flac define-se como companhia de dança amadora de Coimbra, formada por bailarinos com 18 ou mais anos de idade.
Os bilhetes para este espectáculo custam entre 5 e 10 Euros, havendo condições especiais para estudantes, maiores de 65 anos e funcionários da APPACDM. Podem ser reservados pelos contactos habituais do Teatro.