Explosão de carro-bomba mata ex-ministro e mais 4 no Líbano
Beirute, (Prensa Latina) Um assessor próximo ao ex-primeiro ministro libanês Saad Hariri, Mohamad Chatah, foi o alvo do atentado à bomba que estremeceu hoje esta capital no qual morreram cinco pessoas, segundo dados preliminares.
Os boletim não citam os feridos pela potente explosão que provocou uma densa coluna de fumaça e expandiu um forte cheiro de dinamite pelas zonas vizinhas onde casas e automóveis ficaram danificados pela onda de choque.
A área do atentado permanece isolada pelo Exército e pelas Forças de Segurança Interior, enquanto que os socorristas trabalham na remoção dos escombros e na busca das vítimas.
Conforme as informações, Chatah dirigia-se a uma reunião do Movimento Mustaqbal (Futuro, em árabe) do ex-primeiro ministro Saad Hariri, grupo líder da Aliança 14 de Março, formada por partidos sunitas, cristão maronitas e drusos.
A explosão ocorreu a apenas 100 metros do Serrallo, como é chamada aqui a sede do gabinete libanês na zona oeste desta capital, que durante anos permaneceu separada da oriental, na qual reside uma maioria dos membros da comunidade cristã maronita libanesa.
Chatah exerceu as funções de ministro de Finanças no gabinete de Saad Hariri, cujo progenitor, Rafik, um multimilionário vinculado à Arabia Saudita que foi premiê, morreu também aqui por um atentado à bomba no Dia de San Valentin em 2005.
Tanto Saad Hariri, como Chatah, são notórios por seu apoio aos grupos armados do exterior que há quase três anos tentam sem sucesso derrubar o presidente sírio, Bashar Al Assad, o que cria o temor de uma erupção da violência entre os membros da Aliança 14 de Março e os integrantes das entidades islâmicas e da esquerda.
A pavorosa explosão de hoje relembrou esta capital dos anos cruéis e incertos da guerra civil de 1975-1990 durante as quais os atentados à bomba eram quase cotidianos, tanto nas zonas dominadas pelas milícias cristãs, como nas controladas pelas muçulmanas e esquerdistas.
Em outubro do ano passado o general da Inteligência libanesa e chefe do corpo de segurança de Saad Hariri, Wissam Hassan, morreu em um atentado à bomba quando viajava pelo distrito capitalino de Ashfriyeh, habitado por cristãos maronitas.
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