Salim Idris, chefe do grupo paramilitar de oposição na Síria, Exército Livre Sírio (ELS), reconheceu nesta quarta-feira (24) o avanço e êxito das operações do Exército do governo, em diversas partes do país, ao expressar a incapacidade dos rebeldes contra o presidente Bashar Al-Assad para derrotar as forças oficiais.
Logo após o Exército retomar recentemente o controle total de cerca de 30 localidades, em diferentes pontos do país, os grupos paramilitares pediram urgência no envio de mais apoio militar pelo estrangeiro.
Os insurgentes demonstram-se decepcionados pela redução de apoio militar do Ocidente através de vizinhos como a Turquia e a Arábia Saudita, e declararam que ainda não receberam a ajuda prometida pelos Estados Unidos e pela Europa, segundo Idris.
Estas declarações foram feitas apesar de os insurgentes (muitos dos quais são mercenários estrangeiros e responsáveis por atos de terrorismo) terem recebido o apoio financeiro e bélico do Ocidente desde o início dos confrontos, em 2011, para derrubar o governo do presidente Assad, tachado de "ditatorial".
O Comitê de Inteligência do Congresso dos EUA deu luz verde, nesta segunda-feira (22), para o presidente do país, Barack Obama, autorizar o envio de armas aos grupos opositores que lutam contra Damasco.
Washington sempre expressou seu apoio aos rebeldes na Síria, inclusive a grupos responsáveis por atos terroristas e radicais islamitas num confronto que toma cada vez mais contornos sectários.
Após dois anos de reticências ante a guerra que vive este país árabe, em 14 de junho Obama ordenou à sua Administração que facilitasse armas aos rebeldes no país. Entretanto, o plano enfrentou as objeções de democratas e republicanos no Congresso.
Da mesma forma, os ministros de Relações Exteriores da UE, após uma longa conversação, concordaram em levantar o embargo de armas aos grupos rebeldes, em maio. A França e o Reino Unido foram os principais instigadores da medida.
Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho