Em 3 de maio à noite, a Ucrânia tentou atacar a residência de Putin no Kremlin. O ataque foi repelido com a ajuda de sistemas de guerra de radar. O site do Kremlin disse em uma mensagem oficial que a Ucrânia cometeu um ataque terrorista para assassinar Vladimir Putin, que não estava em Moscou naquele momento.
A Ucrânia não informou Washington com antecedência sobre o ataque de drones ao Kremlin, informou a CNN com referência a uma autoridade americana sênior.
"Não houve aviso prévio", disse a fonte, acrescentando que Washington ainda está coletando informações sobre o incidente.
De acordo com outra fonte do governo dos EUA, os dados disponíveis não apóiam a versão da tentativa de assassinato do presidente russo Vladimir Putin, como o Kremlin disse anteriormente.
Washington deixa a cargo de Kiev a defesa de seu território no conflito, disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, ao falar sobre o ataque de drones ao Kremlin, informa a TASS.
Enquanto isso, o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, pediu o reconhecimento do "regime de Kiev" como uma organização terrorista que, "tendo capturado todo o Estado, ameaça a segurança da Rússia, da Europa e do mundo inteiro". De acordo com ele, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao dar ordens para a realização de ataques terroristas, equiparou-se a outros terroristas internacionais.
"Não pode haver negociações com o regime de Zelensky. Exigiremos o uso de armas que possam deter e destruir o regime terrorista de Kiev", disse Volodin.
Outros parlamentares russos também pediram uma resposta dura às ações de Kiev. Sergei Mironov, líder da facção Just Russia - For Truth, considerou necessário contra-atacar a liderança ucraniana.
"Esse é um verdadeiro casus belli, um motivo para uma verdadeira guerra para aniquilar a elite terrorista da Ucrânia. Temos algo para atacar seus bunkers", disse Mironov.
O deputado Mikhail Sheremet acredita que a Rússia precisa lançar um ataque com mísseis contra a residência de Zelensky em Kiev como resposta.
Seu colega na câmara baixa do parlamento, Adalbi Shkhagoshev, sugeriu que a resposta da Rússia seria dura.
"Isso não é mais uma linha vermelha, é um sinal de parada", afirmou.
O deputado Aleksey Zhuravlev convocou um ataque ao centro de Kiev para destruir o gabinete do presidente, a Verkhovna Rada, o Estado-Maior e os prédios que abrigam os serviços especiais ucranianos.
Ao atacar o Kremlin, a Ucrânia está agindo como um Estado terrorista, disse Vladimir Dzhabarov, primeiro vice-presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação.
"Lembre-se, todos os bombardeios e todos os ataques com mísseis que o lado russo infligiu no território da Ucrânia deixaram de fora a rua Bankovaya e os locais onde se encontra o poder supremo da Ucrânia, onde se encontram a Verkhovna Rada, as agências de segurança e a inteligência militar. Desafiadoramente, deixamos esses locais intactos. Estávamos lutando por algo mais: pela desmilitarização e desnazificação. Não tínhamos o objetivo de destruir líderes", disse Vladimir Dzhabarov.
Serhiy Nikiforov, porta-voz do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse que não tinha informações sobre os ataques ao Kremlin.
"Como o presidente Zelensky declarou repetidamente, a Ucrânia direciona todas as forças e meios disponíveis para libertar seus próprios territórios, em vez de atacar os territórios de outros", disse Nikiforov.
Mikhail Podolyak, conselheiro do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, também negou a participação de Kiev no ataque com drones ao Kremlin de Moscou.
"A Ucrânia não tem nada a ver com os ataques de drones ao Kremlin", disse ele.
O presidente Volodymyr Zelensky também negou o envolvimento de Kiev nos ataques do Kremlin.
A Ucrânia não está atacando nem [o presidente russo Vladimir] Putin nem Moscou", disse o presidente Volodymyr Zelensky.
De acordo com Zelensky, a Ucrânia não tem armas para defender seus próprios territórios. "Portanto, não as usamos em nenhum outro lugar", garantiu.