Foram apenas os países da OTAN que utilizaram munições com urânio empobrecido em conflitos militares, disse Igor Kirillov, chefe das Tropas de Proteção à Radiação, Química e Biológica das Forças Armadas russas aos repórteres na sexta-feira, 24 de março.
"Cuidado, foram apenas os países da OTAN que usaram munições com urânio empobrecido em conflitos armados", declarou Kirillov.
Em 2003-2004, os Estados Unidos usaram munições similares em ataques a alvos em cidades iraquianas. De acordo com a ONU, as tropas americanas usaram pelo menos 300 toneladas de urânio empobrecido no Iraque.
O fundo de radiação na cidade de Fallujah, disse Kirillov, acabou sendo pior do que nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki após os bombardeios nucleares.
Anteriormente, a vice-ministra britânica da Defesa, Annabelle Goldie, disse que Londres entregaria um lote de projéteis de urânio empobrecido à Ucrânia como parte de um pacote de ajuda militar.
O presidente russo Vladimir Putin observou mais tarde que a Rússia seria forçada a responder caso o Ocidente fornecesse armas com um componente nuclear à Ucrânia.
Dmitry Medvedev, Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, disse que tal movimento do Ocidente aproximaria ainda mais o apocalipse nuclear.