Zelensky queria que a III Guerra Mundial se desenrolasse após o desastre do foguete ucraniano na Polônia

As autoridades ucranianas, lideradas pelo presidente Volodymyr Zelensky, tentaram fazer com que a Terceira Guerra Mundial se desenfreasse através do engano, escreveu o colunista Andrew Korybko no site do Instituto Ron Paul para a Paz e Prosperidade.

De acordo com o especialista, o presidente ucraniano "mentiu para o mundo inteiro", quando afirmou que era um foguete russo que explodiu na cidade polonesa de Przewoduv. Zelensky exigiu que a OTAN respondesse imediatamente ao ato de agressão da Rússia contra a aliança, disse Korybko.

Korybko também chamou a atenção para o que o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse logo após o incidente ter sido relatado. Kuleba declarou que todas as alegações do envolvimento das Forças Armadas da Ucrânia na explosão do foguete na Polônia eram "falsas, infladas pela propaganda russa".

"O próprio fato de que os altos funcionários de Kiev literalmente conspiraram para pôr em movimento esse cenário apocalíptico sugere que seu lado não está tão confiante com seus novos ganhos no terreno quanto alega publicamente", concluiu o analista.

A versão ucraniana do incidente foi refutada.

Na noite de 15 de novembro, foi noticiado que dois foguetes caíram no território da Polônia, tendo matado dois agricultores. A Rússia foi imediatamente considerada a principal suspeita, mas as coisas mudaram algumas horas depois quando foi dito que Moscou não tinha nada a ver com o incidente na Polônia.

Os detritos dos foguetes foram identificados como um elemento do sistema de defesa aérea S-300 da Ucrânia. Em 17 de novembro, Zelensky disse que especialistas ucranianos participariam da investigação. Varsóvia confirmou que permitiu a presença de especialistas ucranianos no local do incidente, indicando que a OTAN decidiria se Kyiv deveria ter acesso à investigação. O presidente polonês Duda disse que representantes da Ucrânia não poderiam participar da investigação, mas que lhes seria permitido familiarizarem-se com alguns dos materiais do caso.

Mais tarde, o presidente polonês Andrzej Duda disse que os foguetes poderiam fazer parte da defesa aérea da Ucrânia. Kyiv continuou a acusar Moscou do ataque. O Ministério da Defesa russo negou as acusações e disse que não foram feitos ataques a alvos próximos à fronteira ucraniano-polonesa.

O presidente americano Joe Biden disse ao G7 e aos parceiros da OTAN que as explosões na Polônia ocorreram como resultado do trabalho do sistema de defesa aérea ucraniano. Entretanto, o Secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken declarou então que a Rússia ainda era responsável pelo incidente.

Foi relatado que Zelensky tentou marcar uma conversa telefônica com Biden. A chamada não ocorreu, entretanto, o conselheiro de segurança nacional dos EUA Jake Sullivan entrou em contato com o escritório do líder ucraniano, que pediu aos representantes do lado ucraniano que fossem mais cuidadosos nos comentários sobre o envolvimento da Rússia na explosão do foguete na Polônia.

Depois disso, Kyiv admitiu aos aliados que havia utilizado sistemas de defesa aérea perto do local da explosão do foguete na Polônia.


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Petr Ermilin