O fornecimento de energia para a usina nuclear de Zaporizhzhia foi interrompido depois que as forças ucranianas cortaram as linhas de energia na região, disse o Ministério da Defesa russo. O Kremlin alertou sobre a ameaça de catástrofe.
A linha de alta tensão de Kakhovskaya, que fornece eletricidade às regiões de Zaporizhzhia e Kherson, foi danificada como resultado do bombardeio, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
"Ocorreu um surto de energia na central nuclear de Zaporizhzhia, que causou fumaça no comutador aberto da estação. O sistema de proteção foi ativado, as fontes de energia foram cortadas automaticamente", disse o ministério.
Os bombeiros que chegaram ao local eliminaram a fumaça, acrescentou o Ministério da Defesa. A fim de evitar a ruptura da unidade de energia nuclear, o pessoal reduziu a capacidade da quinta e sexta unidades para 500 MW.
A Usina Nuclear Zaporizhzhia é a maior usina de energia nuclear da Europa. Ela está localizada em Enerhodar, Ucrânia. Em 28 de fevereiro, quatro dias após o início da operação especial na Ucrânia, o Ministério da Defesa russo informou que as tropas russas tomaram o território da usina sob controle. Desde então, a administração militar-civiliana (MCA), formada no território da região de Zaporizhzhia, tem relatado repetidamente incidentes de bombardeio da Ucrânia.
Em 5 de agosto, duas linhas elétricas necessárias para o funcionamento das unidades de energia das usinas nucleares foram danificadas em decorrência do bombardeio. Em 6-7 de agosto, durante a noite, fragmentos e um motor de foguete caíram a cerca de 400 metros da unidade de energia operacional, informou a administração.
O Kremlin advertiu que o bombardeio da usina nuclear era extremamente perigoso e poderia levar a "conseqüências catastróficas para um vasto território, incluindo a Europa".
A embaixada russa nos Estados Unidos pediu à mídia americana que parasse de "trompejar as fabricações russofóbicas" sobre o suposto envolvimento de Moscou no bombardeio da usina nuclear de Zaporizhzhia. A situação real é exatamente o oposto, disse a embaixada, instando a ONU e a AIEA a tomar "medidas imediatas para evitar provocações em instalações perigosas à radiação na Ucrânia".