A Europa poderia enfrentar as conseqüências do corte total do gás russo no próximo inverno. Isto foi declarado pelo presidente francês Emmanuel Macron em uma entrevista com Ouest France.
Segundo ele, se a União Européia decidir sobre novas sanções anti-russas, e a Rússia tomar medidas de retaliação em relação ao gás, então as autoridades européias terão que recorrer aos lares e informá-los sobre a necessidade de baixar a temperatura.
"Não veremos as conseqüências disto na primavera e no verão de 2022 (reabastecemos os suprimentos), mas no próximo inverno tudo mudará se não houver mais gás russo", frisou ele.
Macron acrescentou que agora a questão de um embargo completo ao gás russo não está sendo discutida.
"Sabemos as enormes dificuldades que isto vai criar", explicou o presidente francês.
Ele acrescentou que hoje não é possível substituir totalmente o gás que a UE importa da Rússia por outros fornecedores. Entretanto, os países da UE instruíram a Comissão Européia a comprar gás de outros fornecedores, e eles também estão fazendo "reinvestimento forçado" para obter mais gás liquefeito.