O presidente americano Joe Biden chamou direta e claramente a política de Vladimir Putin na Ucrânia de "genocídio".
Antes disso, em um evento em Iowa, Biden aludiu ao fato de ele considerar as ações de Putin na Ucrânia como "genocídio", mas ele não mencionou diretamente o nome do presidente russo. Após o discurso, os jornalistas pediram a Biden que comentasse sobre o significado de suas declarações.
"Sim, eu o chamei de genocídio porque ficou cada vez mais claro que Putin está apenas tentando acabar com a idéia de até mesmo ser ucraniano. E as evidências estão se acumulando", disse ele. "Mais provas estão surgindo das coisas horríveis que os russos têm feito na Ucrânia". E só vamos aprender mais e mais sobre a devastação. Vamos deixar que os advogados decidam internacionalmente se ela se qualifica ou não, mas com certeza me parece que assim é", disse Biden.
O Kremlin respondeu às observações de Biden sobre o genocídio.
"Consideramos inaceitável tentar distorcer a situação de tal forma". Já dissemos isto antes — isto é dificilmente aceitável para o presidente americano", disse o porta-voz oficial de Putin, Dmitry Peskov.
Ele também lembrou que Washington cometeu "atos bem conhecidos" na história moderna e recente.
Enquanto isso, o presidente francês Emmanuel Macron recusou-se a chamar as ações da Rússia na Ucrânia de "genocídio". Em vez disso, Macron disse que a Rússia e a Ucrânia eram dois povos fraternos.
"Hoje eu teria cuidado com tais termos, porque esses dois povos [russos e ucranianos] são povos fraternos". Eu quero continuar tentando, tanto quanto possível, restaurar a paz. Não estou certo de que a escalada da retórica sirva a esta causa", explicou ele.
Esta não é a primeira vez que Biden se permite comentários duros sobre o presidente russo. Biden anteriormente chamou Putin de "criminoso de guerra", mas depois disse que seu ponto de vista não era a posição oficial de Washington. Em 26 de março, Biden também insultou Putin, chamando-o de "açougueiro".
O porta-voz oficial do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que as observações de Biden sobre Putin apenas reduziriam a janela de oportunidade para uma maior cooperação. Peskov disse também mais tarde que os ataques de Biden a Putin eram indignos e inaceitáveis.