Novo hospital de Wuhan, China, recebe pacientes do coronavírus

Novo hospital de Wuhan, China, recebe pacientes do coronavírus

 

Beijing, 4 fev (Prensa Latina) O novo hospital construído em oito dias em Wuhan, centro de China, começou hoje a receber pacientes de coronavírus, no contexto da epidemia que já cobrou a vida de 426 pessoas e infectou outras 20.580.

 

Imagens televisivas mostram a caravanas de ambulâncias transportando os pacientes e seus familiares de outras instalações de saúde para o centro Huoshenshan, com mil camas de capacidade, operado por 1.400 militares e especialistas no surto da Síndrome respiratória aguda severa (SARS) e em ebola.

Antes de deixar os doentes, trabalhadores com trajes protetores desinfetam cada veículo para reduzir riscos de propagação, inclusive porque a doença pode ser transmitida a até dois metros de distância.

Além do hospital Huoshenshan, na cidade de Wuhan, quinta-feira deve ficar pronto um segundo sanatório construído em tempo recorde para receber outros 1.500 pacientes do coronavírus 2019-nCoV em Wuhan, foco da epidemia.

A expansão do patogênico levou o Estado nas últimas duas semanas a adotar medidas extraordinárias e designar 47 bilhões de yuanes (6,8 bilhões de dólares) para o trabalho de prevenção e controle.

Esses fundos destinam-se, principalmente, a financiar os tratamentos, subvenções temporárias a trabalhadores da saúde, a compra de equipamentos médicos e material de diagnóstico, constatam estatísticas do Ministério de Fazenda.

Os governos locais tomam medidas segundo suas próprias realidades, como a região administrativa especial de Hong Kong, que fechou desde terça-feira a maioria de seus pontos fronteiriços com a China continental.

Essa localidade no sul do país só deixou aberta a entrada pela Baía de Shenzhen, a ponte que a liga com Macao e a cidade de Zhuhai, e pelo aeroporto internacional.

Além disso, planeja habilitar mais áreas de quarentena para isolar os suspeitos de haver contraído a doença, depois da Organização Mundial da Saúde ter alertado sobre as mudanças na situação epidemiológica.

Beijing, por sua vez, endurece as disposições em vigor depois de detectar um foco de infecção em um hospital universitário que afetou cinco médicos e quatro pacientes.

Também adapta um centro assistencial construído em 2003 para tratar casos de SARS e o deixará pronto para concentrar agora os de coronavírus e sua consequente pneumonia.

jha/mr/jp

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