Denunciam na França impacto do bloqueio a Cuba no âmbito cultura
Paris, 13 out (Prensa Latina) A delegada permanente cubana na Unesco, Dulce María Buergo, denunciou na França o impacto do bloqueio imposto pelos Estados Unidos à ilha no âmbito cultural e compartilhou algumas das ações para contrapô-lo.
Estes impactos produzem-se no cenário bilateral, com uma hostilidade traduzida na proibição primeiramente de artistas e a negativa de permitir iniciativas em áreas como a música e as artes cênicas, entre outros obstáculos; e no âmbito multilateral, comentou ao intervir na assembleia geral da associação Cuba Cooperação França (CubaCoop).
A diplomata precisou no foro que culminou noite a dentro deste sábado, na localidade de Ivry-sul-Seine, o alcance extraterritorial do cerco imposto há seis décadas, com medidas de pressão contra outros governos, instituições e indivíduos.
Nesse sentido, reconheceu o trabalho de CubaCoop, que inclui projetos nas áreas da cultura e do patrimônio, sobretudo em matéria de restauração e conservação, com resultados concretos em províncias da maior das Antilhas como a central Cienfuegos.
Consideramos este trabalho da associação muito importante, porque trata-se precisamente de setores nos quais impacta o reforço do bloqueio econômico, comercial e financeiro pela atual administração estadunidense, sublinhou.
Buergo reiterou no encontro que para a revolução cubana a cultura constitui uma prioridade, postura evidenciada desde seu início com a campanha de alfabetização e o estabelecimento de instituições.
Vemos na cultura, na ciência e na educação - que são os âmbitos de ação da Unesco - pilares do desenvolvimento sustentável e da criação de consciência nas pessoas, afirmou.
De acordo com a embaixadora, a cultura representa uma das áreas nas quais Cuba mostra com orgulho resultados reconhecidos a nível internacional, conquistas com dimensões humanas e sociais.
Participantes da assembleia geral de CubaCoop interessaram-se pelos impactos do cerco de Washington em matéria cultural e na resposta da maior das Antilhas, sobre o que Buergo compartilhou que se promove a educação e a unidade.
A associação criada em 1995 para promover os vínculos de amizade e solidariedade com o país caribenho adotou uma moção de condenação ao bloqueio e seu recrudescimento pela administração de Donald Trump.
O presidente de CubaCoop, Víctor Fernández, que foi ratificado pela assembleia, reiterou o compromisso da organização com a maior das Antilhas através do impulsionamento de projetos de cooperação que contribuem com benefícios concretos a seus habitantes.
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