Segundo o historiador Leonardo Dantas Silva, no seu artigo Do Arrecife dos Navios à Capital de Pernambuco, em 1532, no Diário de Pero Lopes de Souza, uma minúscula povoação de mareantes e pescadores que viviam em torno da ermida de São Frei Pedro Gonçalves, por eles chamada de Copro Santo, já era citada como a Barra do Arrecife.
Clóvis Campêlo
Segundo o historiador Leonardo Dantas Silva, no seu artigo Do Arrecife dos Navios à Capital de Pernambuco, em 1532, no Diário de Pero Lopes de Souza, uma minúscula povoação de mareantes e pescadores que viviam em torno da ermida de São Frei Pedro Gonçalves, por eles chamada de Copro Santo, já era citada como a Barra do Arrecife.
A carta foral de Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco, datada de 12 de março de 1537, a menciona como a Ribeira do Mar dos Arrecifes dos Navios.
Em 14 de fevereiro de 1630, utilizando a maior esquadra que até então cruzara a linha do Equador, formada por 65 embarcações e 7.280 homens, ainda segundo as palavras do historiador pernambucano, os holandeses invadiram a capitania e nela permaneceram até janeiro de 1654.
O Recife já era então o porto de maior movimentação da América Portuguesa, escoando a riqueza da Capitania de Pernambuco, na época a mais promissora, inclusive o açúcar produzido por 121 engenhos.
Durante os 24 anos da dominação holandesa, o Recife deixou de ser a povoação acanhada do século XVI, passando a ser a capital do Brasil Holandês. Durante o governo do conde João Maurício de Nassau (1637-1644) foi tão grande o seu crescimento que chegou a suplantar a cidade de Olinda, então sede da capitania.
Durante o governo de Sebastião de Castro Caldas (1707-1710), através da carta régia de 19 de novembro de 1709, o Recife foi elevado à categoria de Vila, como o nome de Santo Antônio do Recife. No Largo do Corpo Santo, onde hoje fica o chamado Recife Antigo, foi erguido um pelourinho, símbolo do poder municipal, sendo escolhidos os primeiros vereadores da sua Câmara.
O Recife foi elevado à categoria de cidade pela Carta Imperial de 5 de dezembro de 1823. Em 15 de fevereiro de 1827, através de Resolução do Conselho Geral da Província passou a ser a capital de Pernambuco. Até então, a cidade era restrita aos atuais bairros do Recife Antigo, Santo Antônio e São José.
Ainda segundo Leonardo Dantas Silva, no artigo supra citado, ao longo do tempo, a cidade anexou ao seu território os bairros da Boa Vista, dos Afogados e do Poço da Panela, desmembrados de Olinda, as freguesias da Várzea e do Jaboatão e parte de São Lourenço da Mata.
O município do Recife possui hoje uma área de cerca de 221 km quadrados, estando localizada numa planície aluvional formada pelos rios Capibaribe, Beberibe, Jiquiá e Jaboatão. O seu centro urbano, cortado pelos rios Beberibe e Capibaribe, é constituído pelas ilhas do Recife Antigo, Santo Antônio e Boa Vista.
Segundo a Prefeitura da Cidade do Recife, na sua página na internet, a planície aluvional corresponde a 23,26% do território da cidade, sendo, entretanto, a sua maior parte composta pelos morros que a circundam (67,43%), sendo complementada por rios e alagados (9,31%).
A cidade tem ainda 8,6 quilômetros de litoral, formado pelas praias de Boa Viagem, do Pina e de Brasília Teimosa.
A cidade limita-se ao norte com Olinda e Paulista, ao sul com Jaboatão dos Guararapes, a oeste com São Lourenço da Mata e Camaragibe, e ao leste como Oceano Atlântico.