Rússia já surfa as ciber-ondas do Oriente Médio

A distância em linha reta, voo de corvo, entre a base russa Al-Hmeineem na Síria, próxima de Latakia, e a instalação iraquiana onde os russos estão hospedados, é de 824 km (445 milhas náuticas). Da base de Latakia a Israel, são apenas 288 km ou 155 milhas náuticas, um pulo e uma piscada, em termos aéreos. 


O presidente da Síria Bashar Assad primeiro autorizou Moscou a usar a base, que agora hospeda 30 jatos bombardeiros de combate. Depois, o primeiro-ministro do Iraque Haider al-Abadi acompanhou a iniciativa, no sábado, dia 24/10/2015, garantindo à Força Aérea Russa o uso de uma instalação, a 74 km de Bagdá.

A presença russa nessas duas bases traça um poderoso arco de controle aéreo russo no coração do Oriente Médio. Reforçando as duas extremidades com sistemas que são o estado-da-arte em equipamento para guerra eletrônica, Moscou impôs uma nova realidade, ante a qual em breve será praticamente impossível que qualquer força aérea ou de solo, dos EUA ou de Israel, entrem em ação militar sobre ou dentro de Síria ou Iraque, se, antes o movimento não for coordenado com os russos.

Na última semana de setembro, dois Ilyushin-20 (IL-20 Coot), aviões de super-vigilância, posicionaram-se no espaço aéreo da Síria, o que é importante upgrade para a frota aérea russa de 30 jatos Sukhoi-30, aviões cargueiros e helicópteros de ataque mobilizada para combate na Síria.

Tudo isso foi revelado dia 2 de outubro por fontes militares e de inteligência de DEBKA Weekly

Os dois aviões IL-20, a principal e mais moderna aeronave para coleta de inteligência da Força Aérea Russa, trazidos do Mar Báltico, têm características excepcionais como plataforma de inteligência. Os quatro motores de turbo propulsão são feitos para permanecer mais de 12 horas no ar, usando seus sensores térmicos e infravermelhos, antenas, câmeras de fotografia e vídeo e radar side-looking airborne (SLAR) para recolher vasta gama de dados de longas distâncias, dia e noite, sob praticamente qualquer tipo de condições atmosféricas.

O Coot-20 classifica os dados e os transmite para centros de comando de inteligência ou operacional em Moscou, ou para sua base aérea em Latakia, por sistemas satélites e sistemas de comunicação super resistentes a ciberinvasão e ciberataques.

Mantidos sobre a Síria, os IL-20 podem fornecer às forças e comandos russos um quadro completo, detalhado, da situação em solo. A proximidade de Israel, principalmente, permite que esse avião-maravilha recolha imensa quantidade de dados na fronteira - não só dos movimentos no exército israelense sobre o Golan, mas também de escuta da atividade eletrônica e conversas em Jerusalém, nos quartéis do comando militar em Telavive, das bases da Força Aérea no sul de Israel e até do complexo nuclear em Dimona, no Negev.

Fontes militares de debkafile acrescentam que um Il-20 Coot foi avistado nos últimos dias na base aérea iraquiana de Al Taqaddum perto de Bagdá.

Então, dia 4/10, nossas fontes revelam, outra super arma russa foi trazida por aviões cargueiros russos: nove carros MT-LB blindados para transporte de pessoal, nos quais estão instalados os sistemas Borisoglebsk 2 de guerra eletrônica, dos mais sofisticados do seu tipo no mundo.

Esses veículos e respectivos sistemas foram trazidos secretamente em aviões de transporte de tanques até Nabi Yunis, o pico mais alto das Montanhas Alawitas que acompanham a planície costeira do norte da Síria e chegam a 1.562 metros (5.125 pés) acima do nível do mar. Para tornar os altamente complexos sistema e aparelhagem Borisoglebsk 2 impermeáveis a ataques, nossos especialistas em guerra eletrônica os descrevem instalados no interior e pelas paredes dos nove APCS, além dos receptores que captam transmissões de larga faixa de frequências do espectro eletromagnético.

Daquelas montanhas, as antenas e transmissores potentíssimos devem interceptar e misturar praticamente qualquer sinal de rádio que chege pelas ondas eletromagnéticas, de uso civil ou militar.

Os estrategistas russos postaram esse sistema top-de-linha na Síria, para permitir que a força aérea russa opere sem dificuldades nos céus do Oriente Médio e, igualmente importante, para neutralizar forças especiais da coalizão liderada pelos EUA que estão operando em profundidade no território sírio [aqui, DebkaFile deve estar-se referindo aos "rebeldes moderados" de Obana (NTs)], além de bloquear ou interromper completamente as operações de grupos rebeldes e forças do Estado Islâmico.

O sistema Borisoglebsk 2 saiu bem recentemente das linhas de montagem mais top-secret dos russos. Foram necessários cinco anos para planejar e fabricar o sistema, que entrou em serviço pela primeira vez no início desse ano na Ucrânia [DEBKAfile refere-se, certamente, à luta do Donbass contra os oligarcas de Obama-Nuland-'Yats', de Kiev (NTs)].

Daquele ponto privilegiado em que os russos se instalaram na Síria, o sistema russo de guerra eletrônica pode causar grave dano às redes israelenses de inteligência e comunicação distribuídas pelo Golan e ao longo da fronteira norte no sul e oeste da Galileia [aqui, mais uma vez, falaram as fidelidades sionistas de DEBKAfiles: não existe "Galileia"; ali é, há milênios, a Pa-les-ti-na (NTs)]. Pode gerar interferências no comando dos drones de Israel, nas operações de campo das forças israelenses de Operações Especiais e redes naval e aérea, que dependem de redes de comunicação no trabalho de defesa das fronteiras ao norte de Israel. *****

26/10/2015, DEBKAfile

 


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