A porta-voz insurgente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Érica Montero, falou, recentemente, sobre a necessidade de desmontar o paramilitarismo antes de entrar no cenário pós-acordo com o governo. Ela explica que com todos os exemplos históricos que a Colômbia conhece de traição e matanças da oposição política - entre eles a União Patriótica, com mais de 6 mil militantes assassinados - não se pode tolerar mais vitimizações por parte do Estado.
Érica Montero, porta-voz das FARC.
Além disso, não fica apenas em exemplos da história; hoje, existem as "casas de pique", estruturas armadas que cobram impostos dos negócios, ameaçam defensores de direitos humanos, reclamantes por terras e líderes populares.
A comandante acrescenta que "o governo e seus porta-vozes na Mesa [de Diálogos, em Havana], devem entender que não pode ocorrer a transformação de uma organização armada em movimento político aberto para debater nas praças públicas ideias e visões de país, sem armas, se não se desmonta o paramilitarismo de Estado, disfarçado de quadrilha".
Portanto, as Farc-EP se propõem a alertar cedo a Mesa de Conversações sobre a presença paramilitar em seus territórios, para que as autoridades possam proceder sua imediata neutralização.
Érica Montero, porta-voz das FARC. Foto: Reprodução
Adital
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