Moscou, (Prensa Latina) O governo russo avalia a proposta da Gazprom para reduzir novamente o preço do gás à Ucrânia, a partir de 1 de abril, depois de acabar o plano de inverno, notificou hoje uma fonte do consórcio gasífero.
A companhia solicitou nesta segunda-feira ao Executivo a concessão de outro desconto de três meses, afirmou o presidente do conselho de diretores de Gazprom ao canal federal Rossia 24.
Segundo noticiários, a petição tem a ver com uma solicitação ao provedor russo por parte da companhia Naftogaz para estender o plano de fornecimento de inverno, pactuado nas negociações com mediação da Comissão Europeia, em outubro passado, com prazo até o dia 31 de março.
O acordo tripartite permitiu descongelar por um tempo o conflito pelo gás entre Kiev e Moscou em torno dos preços do combustível e das condições de bombeamento, litígio originado pelos calotes da contraparte ucraniana, no ano passado.
Miller explicou que os custos para Ucrânia desde o 1 de abril poderiam rondar os 250 dólares por mil metros cúbicos (diante dos 329 dólares pelo fornecimento atual) e considerou ótimo o período de três meses de graça, devido à dinâmica de ascensão no mercado de derivados de petróleo.
A porta-voz do gabinete russo Natalia Timakova declarou, por sua vez, que a decisão será adotada levando-se em conta o prazo de encerramento do desconto anterior.
De acordo com versões de imprensa, Naftogaz solicitou à Gazprom uma prorrogação do pacote de inverno até a próxima temporada de 2016, mantendo uma tarifa preferencial, com respeito aos custos estabelecidos no contrato para o segundo trimestre, entre 350 e 380 dólares a unidade.
O porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, comentou anteriormente que Moscou ainda está formulando sua posição em relação à proposta da companhia Naftogaz e da Comissão Européia, de estender o plano por um ano. Acrescentou que a questão compete ao consórcio Gazprom e ao ministério de Energia e que por agora não iria se pronunciar.
Por enquanto, uma próxima rodada de negociações sobre o gás em formato tripartite poderia ser celebrado em meados de abril, em Bruxelas.
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