Luanda, 31 de Outubro de 2013 - A embaixada do Japão em Angola e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) irão proceder a entrega simbólica de mosquiteiros impregnados com insecticida ao Governo da província da Huíla. Este acto que visa reforçar o programa do Executivo angolano para o controlo da malária e redução da mortalidade infantil, terá lugar nesta quarta-feira, 6 de Novembro, na cidade do Lubango. A iniciativa faz parte do apoio do Governo do Japão à Angola na luta contra o paludismo, através da distribuição universal de mosquiteiros impregnados com insecticida de longa duração.
O Programa Nacional de Controlo da Malária (Ministério da Saúde) está actualmente a distribuir 455 mil mosquiteiros, adquiridos por UNICEF com o financiamento do Governo do Japão, em três municípios das províncias da Huíla (Matala e Caconda) e do Bié (Andulo).
Com o apoio do Governo do Japão e do UNICEF está a ser possível acelerar a implementação do pacote comunitário básico de prevenção da malária, cuidados e tratamentos, para além da implementação do projecto-piloto de formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), visando a prevenção e o tratamento comunitário da malária. Neste âmbito, já foram treinados 178 agentes comunitários de saúde no município de Caconda para a promoção de conhecimentos essenciais de prevenção e tratamento da malária. Serão ainda formados 115 técnicos de saúde dos 14 municípios da província da Huíla sobre a Abordagem Integrada das Doenças da Infância (AIDI).
Com este apoio, as autoridades sanitárias angolanas esperam reforçar a implementação do Pacote Essencial Integrado de Cuidados e Serviços de Saúde que consiste em uma série de intervenções que incluem cuidados pré-natal, parto seguro, imunização das crianças menores de 5 anos, estímulo ao aleitamento materno exclusivo, administração de vitamina A e desparasitante. Este pacote inclui também o tratamento preventivo da malária para mulheres grávidas.
Apesar de prevenível e tratável, a malária, também conhecida por paludismo é a principal causa de morbilidade e mortalidade infantil em Angola, responsável por 25% das mortes de crianças menores de cinco anos no país. Além disso, pesquisas demostram que a malária contribui para o ciclo de pobreza e limita o desenvolvimento económico do país, através da perda de produtividade e custos de saúde.
UNICEF Angola