Segundo relatório da Otan, o presidente Bashar Assad já pôs fim a qualquer ameaça da revolta sunita na Síria.
Funcionários disseram que, depois de avaliação conjunta com agências ocidentais de inteligência, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, avalia que a campanha de rebeldes sunitas contra Assad fracassou ao longo dos últimos três meses.
Os mesmos funcionários disseram que o Exército Sírio, apoiado por Irã e Rússia, já terá conseguido capturar todas as principais fortalezas de forças rebeldes, exceto no norte da Síria, até o final de 2013.
"A maré parece ter virado definitivamente a favor de Assad", disse o general Martin Dempsey, comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, dia 18/7.
Os funcionários disseram que essa avaliação levou vários países da Otan a suspender todos os embarques de armas letais para rebeldes sírios. Citaram a Reino Unido, a França e os EUA.
"A campanha dos rebeldes deteriorou-se dramaticamente a partir de abril. Hoje, já não se sabe quem realmente luta contra Assad e quem está ali só para recolher o cheque de pagamento" - disse um dos funcionários da Otan.
O relatório de avaliação da Otan diz que a maioria dos sírios envolvidos na revolta - inclusive o chamado Exército Sírio Livre - já não combatem contra o regime de Assad. Em lugar deles, o que se vê são combatentes de várias nacionalidades, a maioria dos quais ligados à Al-Qaida.
"Os rebeldes sírios estão furiosos e frustrados porque o mundo não os ajudou" - disse o Secretário de Estado dos EUA John Kerry, durante visita a um campo de refugiados sírios na Jordânia. - "Expliquei a eles que acho que as coisas não são tão claramente separadas, nem tão simples como alguns deles supõem que sejam".
"Há algumas condições que têm de ser atendidas, antes de qualquer envio de armas" - disse o Ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. - "A França mantém sua posição. Podemos fazê-lo, mas não enviamos nenhum armamento letal".
Em meados de julho, Reino Unido e França manifestaram oposição a qualquer envio de armas para rebeldes sírios. Os funcionários da Otan disseram que os dois países, que até junho ainda apoiavam empenhadamente a ideia de armar a oposição, afinal descobriram que qualquer grande quantidade de armas enviada para lá acabaria em mãos das milícias da Al-Qaida.
Fonte: Information Clearing House, via Redecastorphoto. Traduzido pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu
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