Ataque aéreo da Otan mata 11 crianças no Afeganistão

 

Os americanos vão devastando o mundo árabe sob silêncio omisso de todos nós.

A província oriental afegã de Kunar levantou uma condenação contra o ataque áereo das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que custou a vida de 11 crianças afegãs neste sábado (6) e deixou seis mulheres feridas.

Os manifestantes saíram às ruas neste domingo (7) no distrito de Shigal, na província de Kunar, e gritaram palavras de ordem contra as forças estrangeiras, situadas no Afeganistão.

Com essa marcha, a população afegã mostrou a sua repulsa contra o ataque e voltou a rechaçar a presença de tropas da aliança atlântica no país.

O ataque provocou também a indignação do presidente Hamid Karzai, que criticou de novo qualquer operação que ponha em risco a vida de civis.

O presidente condena o uso de civis como escudo e "opõe-se a operações que causem a morte de civis", assinalou um comunicado da Presidência afegã, que também informa que uma delegação será enviada ao local para abrir uma investigação.

Funcionários locais informaram que o atentado foi realizado com o objetivo de apoiar uma operação militar terrestre contra os insurgentes do Talibã na região.

No passado 4 de abril quatro policiais afegãos e dois civis perderam a vida em outro ataque aéreo lançado pelas forças estadunidenses na província oriental de Ghanzi.

Os Estados Unidos e seus aliados da Otan invadiram o Afeganistão em 2001 com o pretexto de restaurar a paz; a instabilidade, entretanto, tem se mantido no Afeganistão, e os civis se converteram em alvos das forças estrangeiras, sujeitos ou não à condição de "escudos" humanos, como alegam as forças da Otan para justificar as mortes civis.

O presidente afegão ordenou, em meados de fevereiro, que as forças militares afegãs abstenham-se de pedir apoio aéreo às forças estrangeiras para realizar as suas operações, depois da morte de 10 civis em um bombardeio a zonas civis na mesma província.

 

HispanTV

Traduzido pela redação do Vermelho

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