As aventuras imperialistas colocam a humanidade à beira de uma nova guerra - Declaração do Comitê Central
O imperialismo, que atualmente une em sua cadeia todas as economias capitalistas, implica a existência de interesses contraditórios entre as diferentes burguesias. Isto vem levando a que seus correspondentes Estados implantem uma crescente agressividade em seus planos e à sinistra formação de eixos e contraeixos econômicos, políticos e militares. Estas alianças e contra-alianças possuem, objetivamente, um conteúdo capitalista e, portanto, não supõem nenhum benefício para a classe operária, não se tratando da união fraterna dos povos. Trata-se de alianças para a agressão conjunta, para o assalto bárbaro contra a classe trabalhadora e para a proteção das ganâncias dos respectivos monopólios.
Sem a existência do campo socialista, o direito internacional se converteu num manto legal para justificar as últimas guerras. Os centros imperialistas respondem à força implantada por cada bloco imperialista e são limitados por ela. Trata-se de jogos perigosos que arrastam uma porção cada vez maior da humanidade às possibilidades de guerras.
Estes jogos imperialistas pedem particular atenção na região do Oriente Médio, onde é clara a existência de uma disputa pelo controle dos recursos energéticos. A UE, sob a pressão dos poderosos monopólios, decidiu colocar-se junto aos Estados Unidos e decretar um embargo econômico contra o Irã.
Dizer que se trata de punir o Irã por algum programa nuclear é a desculpa mais ridícula, já que alguns dos países com os maiores arsenais nucleares encontram-se na UE. A política imperialista levou os Estados Unidos a apoiarem o Irã na produção de Urânio enriquecido após a Segunda Guerra Mundial. Agora, a política é ditada pela decisão de outros centros imperialistas em disputar os recursos energéticos da região mediante ocupações.
O Irã, por sua parte, ameaça com o fechamento do estreito de Ormuz, onde passa grande parte do petróleo que circula no mercado mundial. Diante disto, os Estados Unidos e a OTAN mobilizam seus porta-aviões e iniciam seus preparativos bélicos.
Enfatizamos a reação de Israel, que vem sendo a de festejar o cenário favorável para uma confrontação. O governo israelense, há tempos, se prepara para uma guerra com o Irã com a premissa de expandir sua dominação na região.
Por um lado, se trataria de um novo episódio de massacre aos povos na corrida por mercados e recursos. Por outro lado, no contexto da crise econômica do capitalismo, uma guerra no Irã traria, como consequências, novos assaltos e cortes para a classe trabalhadora. Com base na especulação do petróleo, trabalhadores de todo o mundo se afundariam, empobrecendo.
Por essas graves consequências que seriam trazidas pelos conflitos, somamos nossa voz à dos Partidos Comunistas da região. Conclamamos, especialmente, a classe trabalhadora de nosso país para se atentar e se mobilizar contra esta perigosa guerra.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Bureau Político do Partido Comunista do México
México, DF, 26 de Janeiro de 2012
Fonte: http://www.comunistas-mexicanos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=842:declaracion-del-bp-del-cc-del-pcm&catid=1
Tradução: Maria Fernanda M. Scelza (PCB)
PCM