As ancilostomídeos caninos, um tipo de parasita intestinal, estão se tornando cada vez mais resistentes aos medicamentos anti-helmínticos à base de benzimidazol. Essas drogas são amplamente utilizadas no combate a parasitas no trato gastrointestinal de cães. Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Queensland e Sydney revelou a gravidade do problema, que pode representar riscos tanto para a saúde animal quanto humana.
Ao analisar mais de 100 amostras de ancilostomídeos coletadas de cães na Austrália e Nova Zelândia, os pesquisadores identificaram que:
"Este é um grande problema, já que infecções por ancilostomídeos podem ser perigosas tanto para animais quanto para pessoas," explicou o Dr. Swaid Abdullah, da Escola de Ciências Veterinárias da Universidade de Queensland.
Nos cães, as infecções por ancilostomídeos afetam principalmente o intestino delgado, resultando em:
Nos humanos, as larvas dos parasitas podem penetrar na pele, causando larva migrans cutânea (LMC). Essa condição é caracterizada por lesões serpenteantes na pele, acompanhadas de bolhas e coceira.
O professor Jan Šlapeta, da Universidade de Sydney, destacou que o uso rotineiro de medicamentos anti-helmínticos está impulsionando o desenvolvimento da resistência.
"A gestão responsável de parasitas pelos veterinários será essencial para controlar a disseminação da resistência," afirmou ele.
Os autores do estudo enfatizam a necessidade de:
"Esta descoberta é um alerta para veterinários e donos de animais: a era do controle fácil de parasitas pode estar chegando ao fim," afirmaram os pesquisadores.