Todas as pragas juntas
Rubín Morro
A pandemia mais letal é o capitalismo, jamais resolveu as necessidades medulares da sociedade e, por outro lado, sim, trouxe todas as desgraças para a humanidade e a natureza, se enfureceram contra a humanidade e levaram o ecossistema a extremos infinitos, e de nos levar a todos como ovelhas ao curral na incerteza e na desesperança.
Se alinharam todas as pragas, iniciando pelo COVID-19, que até o momento somam 1.000.249 infectados, 51.515 mortos e 221.595 recuperados no planeta.
Em Colômbia, até agora, mais de 1.267 infectados; 25 mortos e 55 curados [e as cifras sobem a cada instante]. Nos chegou a peste do coronavírus e afloraram todos os problemas sociais, uma longa quarentena obrigatória onde os setores sociais mais vulneráveis vivem seus piores dias de fome e miséria. O governo nos confinou sem resolver um mínimo básico vital e as estimativas passam de 3 mil, buscando os afetados sua comida diária para suas famílias. Estamos, pois, ante uma verdadeira calamidade; se sente vir, ao ponto que o terror é mais pela fome que pelo vírus, isto explica alguma desobediência civil.
Outra praga que se evidenciou foi a via crucis de nossos prisioneiros políticos, 192 que obtiveram a anistia mediante o decreto-lei 1820 produto do Acordo de paz, e que ainda estão atrás das grades em miseráveis condições de superlotação em meio ao excremento; sem garantias sanitárias e acabam de matar a 23 prisioneiros e ferir a mais de 70, no último dia 21 de março. E para acabar de organizar esta outra praga e em meio à chamada Emergência Carcerária de Duque, vão libertar possivelmente a prisioneiros por corrupção e outros delitos contra o erário e os nossos seguem em suas masmorras da dor e da morte expostos ao vírus.
Ao mesmo tempo continua a praga do assassinato político contra líderes [mulheres e homens]] sociais, Defensores dos Direitos Humanos e signatários do Acordo de paz, que até o momento no transcorrer deste ano assassinaram 21 ex-guerrilheiros das FARC-EP e 71 líderes sociais. "Um verdadeiro extermínio". Mais de 20 feminicídios em Bogotá em época de quarentena". Os males abundam, o presidente se revestiu de superpoderes, com seu Estado de Exceção e de Emergência com este mandato faz decretos a seu bel-prazer e favorecendo ao grande capital nativo e estrangeiro, sem nenhum controle político, porque em pleno século XXI não se quer utilizar a virtualidade para que o congresso da República se reúna; enquanto isso todas as empresas pequenas e grandes utilizam o teletrabalho; e para arrematar com o descaramento dizem, não há dinheiro para isto!, enquanto entregam o dinheiro aos bancos e esmolas para a população vulnerável e moradores de rua, só em Bogotá passam de 10.000 pessoas. É paradoxal, enquanto na Índia, com mais de 1 bilhão 300 milhões de habitantes, o governo congelou todos os valores dos serviços públicos por três meses e sua população está sem nenhuma preocupação na quarentena.
Por outro lado, as pragas não terminam aqui, os inimigos da paz, enquanto caem as vítimas da pandemia, quem sabe provocada por quem e para quê?, pedem acabar com a Jurisdição Especial para a Paz, o governo do Centro Democrático auspicia a invasão ao povo irmão da Venezuela. Outras pragas são investigadas e obscurecidas pelo COVID-19, a "Neñepolítica", que supostamente favoreceu a campanha de Iván Duque, com a compra de votos, tudo isto passa para a sombra da infecção global; os porta-vozes do governo e o próprio presidente pretendem nos anestesiar com a grave enfermidade que hoje tem o mundo inteiro de joelhos, com a mais profunda crise econômica e de saúde pública, jamais vista, enquanto a Colômbia se afunda nos problemas característicos de nosso país mal governado.
A luta por um viver melhor continua e deve seguir acima da ameaça do vírus respiratório e que precisamente nos chegou o confinamento de prevenção contra a infecção em tempos de Paralisação Nacional. O povo simples não cessaremos em nossos objetivos por conquistar um melhor país autônomo, em igualdade e equidade.
#QueCeseElExterminioDeLaPaz, #ElParoNacional y el #PlanDeChoqueSocial, es la solución.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto