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PT do Brasil denuncia violações do Governo de fato na Bolívia

PT do Brasil denuncia violações do Governo de fato na Bolívia

PT do Brasil denuncia violações do Governo de fato na Bolívia

Brasília, 20 dez (Prensa Latina) O Partido dos Trabalhadores de Brasil (PT) rechaçou a perseguição do Governo de fato da Bolívia aos líderes do Movimento Ao Socialismo (MAS) e a ex-membros do gabinete de Evo Morales.

Através de sua conta no Twitter, o PT declarou também que o salvo-conduto é um direito previsto na Convenção de Genebra e as autoridades bolivianas têm a obrigação do garantir.

Desde a autoproclamação de Jeanine Áñez como presidenta interina da Bolívia no contexto do golpe, começou uma caçada por parte dos servidores públicos que nomeou, entre eles o ministro de Governo, Arturo Murillo.

Este titular disse que lhe daria 'caça' ao ministro da Presidência Juan Ramón Quintana e a outros membros do MAS.

Assim, outros ex-funcionários estão presos, e alguns como Evo Morales tiveram que sair do país na procura de asilo político ante as ameaças do regime imposto na Bolívia, qualificado de golpista e ditatorial.

De acordo com um artigo denominado Asilados por México, são reféns do Governo de fato boliviano, assinado por Ernesto Reyes e, ao que teve acesso à Prensa Latina, há mais de um mês, um grupo de ex-autoridades do governo do presidente Evo Morales se encontram asiladas na embaixada desse país à espera do salvo-conduto.

Declarou que o grupo de pessoas na delegação diplomática mexicana -oito homens e uma mulher- se encontram na lista de perseguidos políticos.

Murillo anunciou que 'ia caçar '' aos ex-ministros da Presidência e Governo, Juan Ramón Quintana e Hugo Moldiz, respectivamente; e a Raúl García Linera, irmão do ex-vice-presidente Álvaro García Linera, a quem acusou de promover e organizar ações de sedição e terrorismo contra o 'governo de transição'.

Reis enfatizou em seu artigo que as ex-autoridades -seis ex-ministros, um ex-governador, um ex-vice-ministro e um ex-diretor de uma entidade - ingressaram à embaixada de México entre 10 e 11 de novembro.

Obtiveram sua qualidade de asilados em 15 desse mesmo mês, depois da aceitação do governo do presidente, Andrés Manuel López Obrador, que previamente já tinha outorgado a mesma condição a Evo Morales, acrescentou.

'No entanto, apesar do status reconhecido às e autoridades, a chanceler de facto, Karen Longaric, não termina de emitir os salvo-condutos, com o argumento de que contra vários deles há mandamentos de apreensão pela comissão de delitos vinculados à denominada fraude eleitoral e terrorismo e financiamento ao terrorismo, extremos que não provaram', esclareceu.

A negativa do governo de facto de entregar salvo-condutos aos nove asilados é violatória do direito internacional público e de maneira particular da Convenção de Genebra, apontou.

A Convenção sustenta que a abertura de uma causa judicial posterior ao dia em que se concedeu a qualidade de asilado a uma pessoa não causa efeito e não deveria impedir que lhe dê salvo-conduto.

Na sede diplomática, além de Quintana e Moldiz, encontram-se os e ministros de Defesa, Justiça e Mineração, Javier Zavaleta, Héctor Arce e Cessar Navarro, respectivamente; o e governador de Oruro Victor Hugo Vásquez, e o ex-diretor de Governo Eletrônico, Nicolás Laguna, apontou.

Das pessoas que encontravam na embaixada de México, só três -um ex-ministro da Economia que deve ser submetido a um controle médico delicado e uma ativista em direitos humanos e sua filha menor-, obtiveram o salvo-conduto na semana passada, informou.



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Author`s name
Ksenia Semenova