Conclusões do Conselho Nacional do PEV

O Conselho Nacional do Partido Ecologista Os Verdes reuniu hoje, dia 16 de fevereiro, em Lisboa, com a sua nova composição, saída da  última Convenção Nacional decorrida no passado mês de Novembro.

Nesta reunião foi analisada a situação eco política nacional, e o seu impacto nas regiões, os desafios eleitorais que se aproximam, nomeadamente as eleições para o Parlamento Europeu, tendo sido indicado o primeiro nome para candidato dos Verdes a integrar a lista da CDU,  foi ainda delineada a intervenção dos Verdes para os próximos meses.

 

Eleições para o Parlamento Europeu

A primeira candidata de Os Verdes nas listas da CDU ao Parlamento Europeu é Mariana Silva, 36 anos, natural de Guimarães, professora, membro do Conselho Nacional e da Comissão Executiva do PEV. (Nota Biográfica em anexo)

Relativamente à situação política nacional destacamos os seguintes pontos dos temas abordados:

Moção de Censura ao Governo apresentada pelo CDS - Foi unânime a decisão do Conselho Nacional para que o PEV vote contra a Moção de Censura do CDS. Na opinião do Conselho Nacional Ecologista esta Moção vem totalmente ao arrepio dos valores e dos objetivos que Os Verdes defendem para o país, como é exemplo a área da saúde, onde fica clara a apologia e a defesa do setor privado e a fragilização do SNS. Por outro lado, Os Verdes consideram que esta Moção tem uma forte componente eleitoralista e não é mais do que um "colocar-se em bicos dos pés",  do CDS perante o PSD,  para se afirmar como o grande líder da oposição à Direita.

Setor da Saúde - Face à guerra aberta, em várias frentes, ao Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a chantagem feita pelo setor privado em relação à desvinculação da ADSE, O PEV considera que o Governo e o PS têm que deixar bem clara a sua posição face ao SNS. Se de facto defendem o SNS, essa posição  não se pode expressar apenas em declarações de princípios, mas sim na tomada de medidas concretas e urgentes, nomeadamente com a contratação de mais recursos humanos, para garantir o bom funcionamento desta importante conquista de Abril, tão fundamental para a população.

Setor da Educação - O PEV considera que o Governo tem de colocar um ponto final na absurda teimosia que tem mantido face à luta e aos direitos dos Professores sobre a contagem do tempo de serviço e cumprir a norma expressa no OE 2019, e iniciar muito em breve as negociações com as organizações representativas dos professores. 

Ambiente - Os Verdes fizeram ainda uma profunda abordagem da situação, e verificam o agravamento de situações ambientais preocupantes em todo o País, das quais destacam: a expansão galopante do olival intensivo em todo o Alentejo com os enormes impactos que daí advêm para a água, para os solos e para a saúde pública tendo decidido dedicar as suas próximas Jornadas Parlamentares a essa matéria; a degradação das zonas mineiras abandonadas e os riscos que daí ocorrem para as populações envolventes; e a possibilidade do Governo dar um aval à construção da Barragem do Fridão (suspensa há 3 anos, no seguimento das conversações conjuntas entre o PEV e o PS), decisão que teria impactos ambientais, sociais e económicos gravíssimos para os concelhos de Mondim de Basto e Amarante e para a Bacia Hidrográfica do Douro. Os Verdes determinaram que estas situações serão alvos da ação ecologista, tanto a nível local como nacional nos próximos tempos.

Dando ainda continuidade à preocupação dos Verdes em relação ao combate e adaptação do País às Alterações Climáticas e às assimetrias regionais, O PEV decidiu continuar a envidar  esforços e a promover iniciativas na defesa dos transportes públicos e da ferrovia em particular. Nesse sentido foi decidido fazer do dia 24 de Março ( 10 anos depois do encerramento da Linha do Corgo) um grande dia de Luta Verde pela reabertura de linhas ferroviárias com uma Marcha pela Reativação da Linha do Corgo entre Vila Real e a Régua.

 


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Pravda.Ru Jornal