"Voltando à vaca fria" (IV)

"Voltando à vaca fria"  (IV)

                                             PREPOTÊNCIA e submissão

  

Já aqui nos referimos a episódios políticos que demonstraram quanto o governo português através dos seus quadros ministeriais bem assim diversas outras instituições, de cariz governamental, mas também, de outras organizações de ordem económica, financeira e associativa se comportam de uma forma prepotente usando de um paternalismo, pelo qual exercem o poder sobre um combinando de decisões arbitrárias e inquestionáveis, prevalecendo o chamado paternalismo autoritário. Baseiam eles  essa invasão, na incapacidade ou idoneidade dos seus colaborantes no respeitante às últimas, ou aos cidadãos (Povo) em relação ao estado.

Justificando a abertura do nosso IV episódio de "Voltando à Vaca Fria", e o tema de PREPOTÊNCIA e a submissão" vem a notícia que, não afirmando mundial, mas, europeia e nacional quando em relação a Portugal, Espanha e França bem assim, nas ainda possessões de além-mar (agora chamadas de RUP's) que, ainda esses países fazem gala de exibir, quais troféus de um antigo colonialismo ainda teimosamente fazendo "jus" dos seus estados, ditos de democráticos. Das fotos publicadas na comunicação social jornais e canais de TV e texto noticioso, publicitando Reunião "histórica" em Bruxelas assume compromisso com as RUP dava-nos, pois, o mote para o subtítulo.

Há quem diga que daquele encontro dos membros da Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas com os representantes dos seus mentores, os estados, português, espanhol e francês, Sr. Costa, Señor Rajoy e Monsieur Macron, a Ultraperiferia saiu fortalecida. Será?

Vamos e só, "matutar"., Pensar apenas, no que diz respeito a nós Açores, não esquecendo o provérbio que "de promessas está o inferno cheio". António Costa destacando-se como porta-voz dos três estados envolvidos, na citada reunião, afirmou o "compromisso claro" formalizado pelos chefes de Estado e de Governo de França, Espanha e Portugal, em defesa dos interesses das suas regiões ultraperiféricas no quadro do futuro orçamento da União Europeia. (propositadamente sublinhamos o que se entende pela afirmativa das suas)

Sabemos que, a saída do Reino Unido da EU, já começou a mexer seriamente com o quadro financeiro da comunidade, obrigando a considerandos sobre o futuro da europa futura dos 28-1=27 que exigirão reformas em diversas políticas de cariz económico especialmente nas áreas da agricultura e das pescas. Por tabela passe a expressão, à exploração do nosso Mar objecto da pirataria de hoje e que, para além de ser um dos últimos activos de Portugal como dono dos Açores (atentemos o significado do termo usado pelo primeiro ministro António Costa "suas regiões" e, está visto a novela que aí vem). De 23 de Março de 2018 até ao final da viagem por todas as capelinhas e oratórios, na sensibilização dos centros decisórios que compõem, a Comissão Europeia, Conselho de Ministros e do Supremo Conselho Europeu, "muita água correrá por debaixo da ponte".

Prepotência e submissão aparenta, repetimos, as imagens onde se vê Rajoy de dedo em riste como quem alguém que dá instruções de democracia aos seus acompanhantes, ambos de acordo com a sua actuação sobre a Independência da Catalunha e, da afronta ao Povo Catalão. A falta dos símbolos (Bandeiras) representativos das ditas Regiões Periféricas que penso, todas os terem a exemple dos Açores, é inadmissível e, sinónimo de prepotência de despotismo, levando os Presidentes das RUP a uma posição de sujeição, de rejeição no que representam pela vontade dos seus Povos.

Estejamos, pois, atentos ao que lá em Bruxelas e, nos gabinetes dos Estados interessados o que se vai urdindo para o melhor das suas conveniências em detrimento dos verdadeiros interessados.

E sobretudo não esquecemos a vontade política da Coesão açoriana tal como nos interessamos pela Coesão das RUP.

Para todos os que passaram um olhar pela presente redacção, os Votos de umas Feliz Páscoa e, se por acaso, o que é o mais certo, tiverem acesso a este artigo depois da Festa Pascal que a mesma tivesse servida de um milagroso balsamo para o seu espirito.

José Ventura

"Salvo se formos cretinos, morremos sempre na

incerteza do nosso próprio valor e do da nossa obra."

Gustave Flaubert

Ribeira Seca da RG

2018-03-30

(Por decisão pessoal o autor não respeita o acordo ortográfico)

 


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Pravda.Ru Jornal