Associação Iúri Gagárin continua a divulgar artigos da «Paz e Amizade»
Visando mostrar o impacto da Revolução de Outubro em Portugal, a Associação Iúri Gagárin está a divulgar, no seu portal, vários artigos da revista «Paz e Amizade». Entre as peças disponibilizadas recentemente, há textos de Sophia, Luiz Francisco Rebello e João de Freitas Branco.
Em Agosto último, a Associação Iúri Gagárin informava que, no âmbito das comemorações do centenário da Revolução de Outubro, ia começar a divulgar uma «selecção de artigos» da Paz e Amizade, revista que, com uma periodicidade trimestral, começou a ser publicada em 1976, pela Associação Portugal-URSS, e manteve uma publicação regular até ao n.º 65, sendo o último de Julho-Setembro de 1990.
Afirmando que se tratava apenas de «uma amostra do impacto que o mais importante acontecimento do século XX teve em Portugal», a Associação sublinhava que os artigos seriam, ainda assim, representativos da «diversidade e da qualidade dos contributos publicados» na revista durante década e meia, «num período em que também no nosso país ainda se faziam sentir os momentos empolgantes e as conquistas da Revolução de Abril».
Teatro e música
É neste contexto que a Associação disponibilizou, recentemente, mais uma série de artigos no seu portal, todos em formato .pdf. Luiz Francisco Rebello, por exemplo, fala sobre «Uma peça soviética representada em Lisboa («D. Quixote Libertado», de Lunatchárski)» (n.º 7/8, 1977, pp. 29-30):
«O Grupo de Teatro de Campolide (...) estreava na sua sede - onde foram montados há cinco anos os seus primeiros espectáculos - a peça de Anatóli Lunatchárski D. Quixote Libertado, interpretada por amadores numa encenação de José Martins. O facto merece ser aqui devidamente registado, pois trata-se praticamente da primeira peça de um dramaturgo soviético que se representa em Portugal.»
Por seu lado, João de Freitas Branco aborda «Aspectos musicais da Revolução de Outubro» (n.º 7/8, 1977, pp. 32-36):
«Voltemos às imediações da Revolução de Outubro. Não para desfiar os nomes de muitos outros compositores que abundantemente produziram ao longo daquela extraordinária década e meia, mas sim para salientar que, tanto no aspecto da investigação como da publicação, a musicologia soviética conheceu então uma aura com plena contrapartida nas suas brilhantes realizações. Desde a criação de institutos à edição de monografias, enciclopédias e dicionários, desde as incontáveis conferências e palestras ao influente e didáctico exercício da crítica musical (muitas vezes estimuladora de discussões fecundas), desde a pesquisa do riquíssimo folclore às publicações de muitas centenas de partituras do passado e do então presente, foi um vasto conjunto de efectivações das que mais abonam uma política de cultura.»
Outros textos
Para além dos textos referidos, a Associação Iúri Gagárin publicou recentemente outros artigos, como sejam «A Cultura na Revolução de Outubro», de Rogério Ribeiro (n.º 10, 1978, pp. 16-17); «Sacerdotes soviéticos visitam Portugal», de Dulce Rebelo (n.º 10, 1978, pp. 20-22); e «Grandeza de Tolstoi», de Sophia de Mello Breyner Andresen (n.º 13, 1979, pp. 12-16).
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