Seminário discute os riscos da política econômica de Trump para o Brasil e América Latina
Qual o risco da agenda neoconservadora de Donald Trump interromper ou perverter políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável com inovação e democratização de oportunidades? Como os mercados e instituições financeiras nacionais e multilaterais reagirão ao novo cenário político que prega o unilateralismo? O que significa o novo populismo em escala global?
por Fernanda Rezende
Para responder a estas e outras perguntas, o economista Gilson Schwartz, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP e em ano sabático no IEA em 2017, organiza o seminário Novas Fronteiras da Geopolítica Econômica: Trump, Brasil e América Latina. Realizada no dia 28 de março, das 14h30 às 18h, na Sala de Eventos do IEA, a atividade é uma parceria entre o IEA, o Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (Nupri) da USP e o Grupo de Pesquisa Cidade do Conhecimento, coordenado por Schwartz na ECA-USP.
A participação presencial exige inscrição prévia. Também é possível acompanhar ao vivo pelo site do IEA.
"O foco do debate é a identificação dos novos desafios de longo prazo para a economia e a sociedade na América Latina após a surpreendente vitória de Trump. É urgente rediscutir o modelo de desenvolvimento, não apenas as armadilhas macroeconômicas de curto prazo", indica Schwartz.
O formato em mesa-redonda reunirá Otaviano Canuto, diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para um grupo de países que inclui o Brasil; Demétrio Magnoli, colunista da Folha de S. Paulo e GloboNews; Gesner de Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor da GO Associados; Octavio de Barros, ex-economista-chefe do Bradesco e criador do Instituto República; Marcelo Carvalho, economista-chefe para América Latina do BNP Paribas; Marcelo P. Cypriano, pesquisador do Brazil Investment Link, no Nupri-USP, e estrategista da Mont Capital; Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA; Rafael Duarte Villa, coordenador-científico do Nupri, e Alberto Pfeifer, professor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP.
Segundo Schwartz, a discussão será norteada pelo tema da inovação, considerando suas dimensões financeiras, tecnológicas e culturais. O grupo debaterá as políticas públicas da nova emergência digital e as questões econômicas nacionais que se recolocam frente à crise internacional desatada pela crise financeira mundial iniciada em 2008. A pergunta central será: está a América Latina, e especialmente o Brasil, preparada para a nova agenda global?
O seminário inaugura uma série de atividades voltadas para a formulação de uma nova agenda e de cenários globais voltados para políticas de desenvolvimento econômico centradas na digitalização da produção, do consumo e das finanças. É também o marco de lançamento do portal "Brazilian Investment Link", que dará continuidade a essa agenda de debates e pesquisas.
Foto: Gage Skidmore
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