Senador Magno Malta muda de posição sobre o desarmamento
Em entrevista ao canal no Youtube da advogada e procuradora em Brasilia Beatriz Kicis de Sordi, "Papo que bate", o senador Magno Malta (PR-ES) admitiu que o Estatuto do Desarmamento precisa mudar para garantir o direito de defesa do cidadão. O político assumiu que mudou sua opinião e que a Lei 10.826/2003, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, precisa de mudanças.
"(...) Eu imagino que em um país abandonado no ponto de vista da segurança pública nós não podemos privar o cidadão de ter uma arma em sua casa ou ter uma arma dentro do seu carro. Não é para brigar na rua, não é para atirar em ninguém", afirma.
O senador atrela a mudança de opinião à situação complicada do Brasil, ao abandono da segurança pública e denuncia a falta de Policiais Federais nas fronteiras. "A Argentina tem 33 milhões de pessoas e 48 mil homens na Policia Federal. O Brasil tem 200 milhões e 12 mil homens operacionais na Policia Federal para nossas questões de fronteira. Então o abandono e esse governo ideológico, perdulário, que vale tudo: legalização de droga, bandido está protegido, estupra, sequestra, mata com 17 anos e está tudo certo e nós protegemos", afirma. Magno Malta também ressalta a vulnerabilidade dos cidadãos brasileiros.
"Hoje eu entendi que nada é tão bom, absolutamente bom, que não precisa ser mudado. O Estatuto da Criança e do Adolescente a gente achava que era o suprassumo, aquilo não é o suprassumo. E a primeira mudança que veio 18 anos depois foi feita por mim, que foi a CPI da Pedofilia. Então, o Estatuto do Desarmamento não é o suprassumo do mundo. Precisa realmente de mudanças".
O político informou ainda que nunca teve porte de arma, mas que passou a entender que a arma é como um cadeado de bicicleta, um objeto de proteção que fará o criminoso pensar várias vezes antes de cometer o furto/roubo. O senador também defendeu que o cidadão que mora em um sítio afastado possa ter mecanismos de defesa.
Por fim, o senador Magno Malta defendeu a necessidade de estabelecer regras muito sérias sobre o assunto. E finaliza: "Alguém já disse um dia que só os tolos não mudam".