Em tribunal, acusado de matar parlamentar Jo Cox diz que seu nome é 'Morte para traidores
Redação | São Paulo - Opera Mundi
Ao ser inquirido por escrivão, Thomas Mair negou-se a dar informação verdadeira e afirmou que seu nome é 'Morte para traidores, liberdade para a Grã-Bretanha'
O homem acusado de assassinar a parlamentar trabalhista britânica Jo Cox disse em um tribunal neste sábado (18/06) que seu nome é "Morte para traidores, liberdade para a Grã-Bretanha".
Cercado por dois seguranças, Thomas Mair, de 52 anos, foi inquirido sobre seu nome por um escrivão da Corte de Magistrados de Westminster, Londres.
"Morte a traidores, liberdade à Grã-Bretanha", disse Mair. Quando o funcionário perguntou novamente, ele repetiu: "Meu nome é morte a traidores, liberdade à Grã-Bretanha".
Além de negar-se a dar seu verdadeiro nome, Mair não respondeu às perguntas sobre seu endereço e data de nascimento. Ele permaneceu em silêncio durante o resto da sessão até ser conduzido novamente à prisão.
Essa foi a primeira aparição em público de Mair desde sua prisão na quinta-feira (16/06) em Birstall, na região de Yorkshire, onde Jo Cox foi morta após ser esfaqueada e baleada.
Segundo a polícia, ele é acusado de homicídio, lesões corporais graves e posse de arma de fogo e de faca.
A magistrada Emma Arbuthnot ordenou que Mair permaneça em custódia até a próxima audiência, que será na segunda-feira (20/06) em Old Bailey.
Thomas Mair permanecerá em custódia até a próxima segunda-feira, quando se apresentará em Old Bailey (EFE)
De acordo com a imprensa britânica, Cox vinha recebendo diversas ameaças nos últimos três meses. Não há confirmação se as mensagens partiam de Mair, que teria matado a parlamentar em nome do nacionalismo. Segundo testemunhas citadas pela imprensa, o agressor teria gritado "Britain First", uma referência ao partido xenófobo e anti-islâmico local, antes de cometer o ataque.
O jornal britânico The Independent informou que a polícia apurou ligações de Mair com um grupo de tendência nazista que defende a supremacia branca na Europa e o regime de apartheid na África do Sul. O grupo leva o nome de Springbok Club, e o acusado aparece nos registros de filiação de 10 anos atrás.
O episódio interrompeu a campanha para o referendo sobre a saída ou permanência do país na União Europeia, o "Brexit". A votação está prevista para ocorrer na próxima quinta-feira (23/06).
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