Coreia Popular comemora 60 anos de vitória na guerra

Os festejos pelo 60º aniversário da vitória na guerra de 1950 a 1953 na República Popular Democrática da Coreia (RPDC) começaram nesta terça-feira (23), com o festival de mosaicos humanos Arirang, a maior representação mundial de ginástica. O dirigente Haroldo Lima viaja à Coreia para representar o Partido Comunista no Brasil nos festejos.


Para Haroldo essa data é muito significativa não só para os coreanos, mas para todos os povos do mundo, pois foi a primeira vez que um povo oprimido consegue derrotar o maior exército de guerra, os EUA.


Segundo Haroldo, o líder Kim II-sung foi o grande arquiteto desta vitória do exército guerrilheiro e por isso, merece ser saudado. Segundo conta Haroldo, os Estados Unidos tinham a ideia de tomar toda a Coreia e invadir a China, mas neste instante, Mao Tsé-tung conclamou o voluntariado para apoiar e defender o lado norte da Coreia. "Foi um milhão de chineses que aderiram à luta".


As negociações resultaram num acordo assinado em Panmujon em 27 de julho de 1953. Foi então que o conflito terminou, mas o tratado de paz até hoje não foi assinado e a Coreia continua em estado de guerra e dividida em norte e sul. "As lutas foram dramáticas e terminou com um armistício a trégua, não se encerrou até hoje. Suspenderam as batalhas, de um lado ficou a Coreia do Sul e do lado norte ficou a Coreia Popular Democrática que desenvolveu fundamentos socialistas", narrou Haroldo.


O dirigente brasileiro explicou ainda que a partir dos anos 1980, quando a experiência soviética começou a apresentar dificuldades, com a pressão imperialista, com a guerra fria, os planos foram reorganizados e a ideia Juche (pensamento básico de que o ser humano está no centro das ações) se tornou base da ideologia da Coreia Popular ao defender que o sujeito da revolução deve ser as massas e não qualquer poder externo, o que implica que a nação tenha confiança em si mesma. O ideólogo foi Kim II-sung, o líder revolucionário.


As comemorações
O festival Arirang surgiu em 2002 em honra ao fundador da RPDC, Kim Il Sung, que dá nome ao prêmio outorgado à função de ginástica e arte em massa Arirang, também conhecida como Festival do Sol.


Os festejos, de caráter anual, foram interrompidos somente em 2006, por causa das enchentes que castigaram o país. Em 2007 o Arirang foi registrado no livro de recordes do Guinness como "os maiores jogos de massas do mundo".


Fogos de artifício, músicas, danças, ginástica e circo, junto a uma pirâmide humana que muda de forma constantemente, marcaram a noite desta terça-feira (23) no estádio Primeiro de Maio, uma festa que ressalta pelo seu desenho de luzes e suas cenografias vistosas.
O público revelou aos meios de comunicação sua felicidade pelos desenhos humanos que representavam imagens de época do país e soldados heróis dos tempos de guerra.


Dezenas de espectadores afirmaram que o momento mais relevante e emocionante ocorreu quando foi tocada a canção 27 de Julho, Dia da Vitória, acompanhada de mosaicos humanos perfeitamente sincronizados e fogos de artifício que iluminaram a noite.


A exibição, que chama a atenção de milhares de estrangeiros, combina artes marciais, marchas militares e balés aéreos, e dura seis dias por semana, até o mês de setembro.
 
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina


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Pravda.Ru Jornal