COVIDIS - (Guānzhuàng bìngdú)
AÇORES Vs. PORTUGAL E EUROPA
Assegurar o Futuro é Urgente
Imprevisivelmente, tudo mudou de um dia para o outro. Lá de longe muito longe, vem a notícia do aparecimento de um vírus que que baptizaram de COVIDIS 2019.
Dos 27 casos de uma pneumonia de causa desconhecida, numa cidade da longínqua China, parte à conquista do mundo, uma pandemia que até hoje, 29 de Março do ano de 2020, data em que rabiscamos estas linha, e segundo dados recolhida pela internet, com cerca de 700 mil casos confirmados e mais de 33 mil mortos em todo o mundo.
Da propagação deste invisível assassino, chamado pela Organização Mundial da Saúde de COVID-19 resultante das palavras "Corona", "Vírus" e "Doença" com indicação do ano em que surgiu (2019) através do planeta que tão mal tratado tem sido pelos seus habitantes com maior responsabilidades pelos animais racionais (o homem) muito se tem transmitido pelos órgão de comunicação social, particularmente pelas televisões e redes sociais, não excluindo os jornais que agora mais dificilmente tem acesso perante as limitações de liberdade que exige a "quarentena" que atinge a maioria dos países atingidos pelo "demoníaco bichinho".
Por cá, pelos Açores, não foram os mesmos excepção. O Covid-19 também nos visitou e, já são 42 casos positivos distribuídos por cinco das nossas ilhas.
Infelizmente, e habituados a algumas tragédias naturais de vulto, que ceifaram vidas e atingiram a vida económico-social das nossas populações, levando a diversos sacrifícios de ordem familiar e comunitária, inclusivamente à emigração, nunca pensamos um dia ter que enfrentar este "terramoto" que nos trás uma outra experiência uma outra vivência que não estávamos habituados. O isolamento obrigatório como uma condição de imperiosa de sobrevivência e guerra à contaminação entre "gentes".
Com a imprevisibilidade do que está a suceder e, continuar a suceder, se não se aceitar as condições impostas pela autoridade de saúde do governo dos Açores no respeitante à quarentena obrigatória e, procedimentos sociais aconselhados, para contenção da pandemia, vem por acréscimo as réplicas socioeconómicas que se adivinham muito difíceis de enfrentar.
Na nossa modesta opinião, a tenção do nosso governo deverá estar simultaneamente e obrigatoriamente centrada em ambos os sectores a Saúde e a Economia. Ambos os sectores precisam de medidas, em conta ao futuro que nos espera. Digamos que a luta que travamos agora deverá servir simultaneamente de antídoto a males futuros.
Tudo poderia ter sido diferente, não tivesse a atitude intransigente de António Costa de cumprir o princípio da "continuidade territorial", com o beneplácito de Marcelo Rebelo de Sousa aquando da declaração de emergência e da convocatória do Representante da República a Lisboa, para analisar a execução da declaração do estado de emergência nos Açores ignorando para a mesma o presidente do governo açoriano ou um seu legal representante. Mais uma vez demonstram ao mais alto nível estatal, o desprezo pela institucionalidade do que gosta de chamar de Autonomia. Quando o governo dos Açores apoiado na posição geográfica dos mesmos, pode evitar a anunciada pandemia encerrando as principais entradas de pessoas principalmente os aeroportos, eis que os DDT nos impedem de o fazer.
Evitando qualquer epiteto de fundamentalista, não admira a forte reacção dos açorianos nas redes sociais onde o "Independentismo" aparece como razão forte à actualização do governo de Lisboa.
Numa tentativa de tapar os olhos ao que é demais evidente, vem agora o ministro da defesa anunciar ter autorizado a abertura de concurso para remover os terrenos contaminados na ilha Terceira talvez também com a intenção de salvar última afronta feita por Santos Silva em referência ao problema em questão.
Mais do que nunca é urgente rever uma "coisa" que por aí está anunciada como CEVERA e que parece estar também em quarentena e, porque de Portugal muito pouco temos a esperar não nos deixemos anestesiar.
Em relação à Europa, não será por somenos importância os Açores estarem na liderança da Regiões Europeias com a eleição do Presidente dos Açores, neste momento, Vasco Cordeiro para vice-Presidente e quiçá, daqui a dois anos e meio Presidente do Comité das Regiões Europeias. De estranhar que em relação às Regiões Periféricas que são nove e de que fazem parte os Açores e a Madeira acolhendo no seu total 4,8 milhões de cidadãos, até hoje, pouco ou nada se tenha ouvido em relação COVID-19.
Enquanto a epidemia do COVID-19 faz centenas de vítimas todos os dias e, a perspectiva de uma crise económica sem precedentes se agrava, as "eurobonds" instrumento que deveria servir para financiar os investimentos necessários para fazer face aos impactos da covid-19 na saúde e na economia. Encontraram na última reunião do Conselho algumas reservas por parte da Holanda, Alemanha, Áustria e Finlândia ficando em suspenso para uma nova ronda, o que de melhor possa vir a ser decidido.
Com mais um adiamento de soluções para enfrentar tal "inimigo comum" parece-nos que a Europa perdeu o sentido de sobrevivência ou pelo menos de unidade. Os estados europeus - pelo menos, os mais ricos - parecem não resistir à tentação de se fechar em casa.
Perante este quadro não será de perguntar se a nossa grande Natália Correia já não teria razão de antecipar o que está a suceder quando em relação à entrada de Portugal na CEE "A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser "colonialista".
Tomo a liberdade de terminar hoje, com o título de um artigo de Opinião do Dr. António Manuel Cabral (Médico Veterinário) neste nosso Jornal Açoriano Oriental, datado de 1 de Novembro de 1998. "O passado que deveria ter futuro" e de cujo conteúdo tomarei a liberdade de fazer o meu trabalho de casa para a semana.
Até lá... "VAI CORRER TUDO BEM" para todos os envolvidos nesta luta, deixo-vos esta frase de G.K. Chesterton
"Cada época é salva por um punhado de homens
que têm a coragem de não serem actuais"
José Ventura
2020-03-30
O autor por convicção pessoal não respeita o acordo ortográfico