Terceira morte no Brasil confirmada por contaminação de cerveja
Brasília, 16 de janeiro (Prensa Latina) A Polícia Civil do Brasil confirmou hoje a terceira morte por síndrome nefrítica em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais (sudeste), quando foi verificada a contaminação da água utilizada pela cervejaria Backer.
A terceira vítima é um homem de 89 anos que morreu no hospital Mater Dei, na região centro-sul de Minas Gerais. A doença está ligada ao consumo de cerveja Belorizontina caseira, vendida em Belo Horizonte.
O corpo do idoso, cuja identidade não foi divulgada até o momento, deve ser submetido a exames e opiniões de especialistas no Instituto Médico Legal.
Um grupo de trabalho da polícia investiga 18 denúncias de pessoas contaminadas depois de beber a cerveja, três das quais morreram.
Os sintomas da síndrome nefronal incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas.
O Ministério da Agricultura identificou sete lotes de cerveja Backer contaminados com dietil glicol, um anticongelante tóxico.
Backer nega o uso de dietileno glicol na fabricação de cerveja. A cervejaria foi proibida, teve que retirar e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro.
A segunda morte foi confirmada pela síndrome no dia anterior. Era Antônio Márcio Quintão de Freitas, 76 anos. A morte de uma mulher em Pompéu, na região centro-oeste do estado, ainda está sob investigação.
A primeira vítima da síndrome a morrer foi Paschoal Dermatini Filho, 55 anos, internado em Juiz de Fora e falecido em 7 de janeiro.
Segundo o Ministério da Agricultura, três hipóteses prevalecem: sabotagem, vazamento ou uso inadequado de moléculas de monoetilenoglicol no processo de resfriamento do sistema.
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