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Ministério confirma que municipalização da Saúde indígena está descartada

Ministério confirma que municipalização da Saúde indígena está descartada

Ministério confirma que municipalização da Saúde indígena está descartada

Em março, ministro da Saúde foi obrigado a reverter de sua intenção de transferir o atendimento aos indígenas para a instância municipal; no ATL, vitória dos indígenas foi confirmada

Em reunião com lideranças indígenas durante o 15º Acampamento Terra Livre, nesta sexta-feira (26/4) o Ministério da Saúde confirmou sua decisão de cumprir a Constituição e não municipalizar a saúde indígena.

No fim de março, o ministro da Saúde, Luiz Mandetta (DEM-MS), foi obrigado a recuar na intenção expressa de extinguir a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e municipalizar o atendimento. Depois de realizar mobilizações em todo o país e exigir uma reunião em Brasília para tratar do assunto, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) ouviu o com

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promisso público de Mandetta em, afinal, cumprir a sua obrigação e respeitar a Constituição.

Na falta de Mandetta, João Gabardo, secretario executivo do Ministério da Saúde (MS), recebeu uma comitiva de vinte indígenas hoje e garantiu que "não se fala mais da municipalização e não se fala mais em extinção da Sesai".

Na prática, no entanto, o governo Bolsonaro tem atuado silenciosamente para continuar desmontando a saúde indígena em diversas frentes.

Na quarta (24/4), Mandetta anunciou uma troca no comando da Sesai, que foi entregue para Silvia Waiãpi, tenente do Exército e ex-atriz da Globo. Silvia, que é fisioterapeuta, atuava com reabilitação de militares e não tem qualquer experiência de atuação na saúde indígena. A mudança segue a tônica da vasta presença militar no governo Bolsonaro, que já ocupam mais de 100 cargos no governo, a maioria em posições estratégicas.

Na reunião com as lideranças indígenas, Silvia reforçou o compromisso da permanência da Sesai e da não municipalização da saúde indígena. "É por isso que estou aqui", garantiu.

Paulo Tupiniquim, da Apib, lembrou que a saúde é um direito garantido na Constituição e pediu maior participação do indígenas nas decisões da pasta. "Se a senhora tiver intenção de fazer alguma mudança, que consulte os povos que estão aqui. Viemos para o diálogo e não vamos aceitar que nossos direitos sejam violados".

Para Joênia Wapichana, a primeira deputada indígena eleita, "a presença de indígenas é essencial para a construção das políticas públicas efetivas".

Leia a matéria completa no site da Mobilização Indígena Nacional.

https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-ppds/ministerio-confirma-que-municipalizacao-da-saude-indigena-esta-descartada

 


Author`s name
Ksenia Semenova