Carvalho pertenceu a uma geração de sertanistas da Funai traumatizados pelas guerras de pacificação dos povos indígenas que estavam no rumo das estradas abertas na Amazônia brasileira no período da ditadura civil-militar. A história se repetiu muitas vezes: a Funai improvisada forçava o contato para afastar os índios do caminho e, em seguida, os abandonava a própria sorte, o que resultou em tragédias demográficas.
Assim foi com os índios Waimiri-Atroari, diante do avanço da BR-174, entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Diante da série de pressões que resultaram na morte de boa parte da desse povo, Carvalho fez dois pactos conjugados: um com outros sertanistas para estancar a destruição e com os próprios Waimiri-Atroari para a implementação de um programa bem-sucedido de recuperação demográfica, cultural e controle territorial.
Toda essa história foi narrada de forma resumida por Carvalho, no seminário Visões do Rio Negro, realizado em 2007 e organizado pelo ISA. Leia aqui o depoimento.
Para saber mais sobre Porfírio Carvalho leia texto de Márcio Santilli em sua homenagem, publicado no site do ISA em 8 de maio passado.
Wairimi Atroari
Beto Ricardo
ISA